Os motivos da prática de treinamento de força diferem em relação à idade do praticante

Autores

  • Carla Maria de Liz Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Jonathan Nunes Azevedo Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Guilherme Torres Vilarino Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Fábio Hech Dominski Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Alexandro Andrade Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2015.v13.n1.p61
Agências de fomento

Palavras-chave:

Motivação, Exercício físico, Treinamento de força.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi relacionar os motivos de prática de treinamento de força em academias com a idade dos praticantes. Participaram da pesquisa 328 praticantes de treinamento de força com média de idade de 35 anos (±13,27; mín 18 anos; máx 76 anos). Utilizou-se um questionário de caracterização e o Exercise Motivations Inventory-2 (EMI-2). Foi utilizada estatística descritiva e inferencial para análise dos dados adotando-se a significância de 5% (p<0,05). Em ordem de importância, os motivos mais citados para a prática de treinamento de força foram: prevenção de doenças, condição física, diversão, controle do estresse, aparência, controle do peso, afiliação, competição, reabilitação da saúde e reconhecimento social. Os motivos prevenção de doenças, controle de peso corporal, controle do estresse, afiliação e reabilitação da saúde se correlacionaram à idade dos praticantes de exercícios físicos, sendo que estes se tornaram mais importantes com o avançar da idade. Estudos desta natureza são fundamentais para compreender o que leva pessoas de diferentes idades a praticar exercícios físicos em academias e intervir de maneira significativa na continuidade da prática destas. 

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Publicado

05.04.2016

Como Citar

DE LIZ, C. M.; AZEVEDO, J. N.; VILARINO, G. T.; DOMINSKI, F. H.; ANDRADE, A. Os motivos da prática de treinamento de força diferem em relação à idade do praticante. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 13, n. 1, p. 61–67, 2016. DOI: 10.36453/2318-5104.2015.v13.n1.p61. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/13530. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Psicologia do Esporte