Atividade física no lazer, capacidade aeróbia percebida e bem-estar subjetivo de acadêmicos de educação física em diferentes fases do curso

Autores

  • Carlos Eduardo Vieira Meira Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis (IESGF)
  • Rubian Diego Andrade Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis (IESGF) https://orcid.org/0000-0002-5093-9011

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2019.v17.n1.p13

Palavras-chave:

Vida Acadêmica, Atividade Física de Lazer, Bem-estar Subjetivo, Capacidade Aeróbia Percebida

Resumo

Objetivo: Identificar como se comportam as variáveis, atividade física no lazer, capacidade aeróbia percebida e o bem-estar subjetivo de acadêmicos ao longo do curso de Educação Física. Método: Para esse estudo foram utilizados três instrumentos, sendo estes a Escala de Bem-estar Pessoal (PWI), Escala de Práticas no Lazer e a Escala de Capacidade Aeróbia Percebida. Resultados: Foram avaliados 115 acadêmicos (79 mulheres e 36 homens), com média de idade de 25,01 (6,2) anos. Identificou-se que 87,5% dos acadêmicos foram considerados ativos fisicamente no início do curso, 95,5% no meio e 91,3% no final. Já para elevada capacidade aeróbia percebida, os resultados foram de 41,7% no início, 40,9% no meio, e 30,4% no final. Quanto ao bem-estar subjetivo, 25% no início, 22,7%, no meio e 34,8% no final do curso foram classificados com alta satisfação com a vida. Conclusão: Os acadêmicos mantem-se fisicamente ativos durante todo o curso. No entanto, esses resultados não corroboraram com a variável capacidade aeróbia percebida que apresentou tendência a diminuir na comparação entre as fases. Quanto à variável de bem-estar subjetivo, permaneceu baixa ao longo do curso, com tendência de aumento no final da graduação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRADE, R. D.; BARBOSA, D. G.; FÉLDEN, E. P. G. Capacidade preditiva do domínio físico-esportivo da escala de práticas no lazer (EPL) para discriminação de níveis suficientes e insuficientes de atividade física. XI Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde. Anais... Florianópolis, v. 22, p. 510-639, 2017.

ANDRADE, R. D.; BARBOSA, D. G.; FÉLDEN, E. P. G. Validade de construto e consistência interna da escala de práticas no lazer para adultos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. v. 23, n. 2, p. 519- 28, 2018.

BANDURA, A. A evolução da teoria social cognitiva. In: BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. (Org.). Teoria social cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, p. 15-41, 2008.

BAUMANN, M.; IONESCU, I.; CHAU, N. Psychological quality of life and its association with academic employability skills among newly-registered students from three european faculties. BMC psychiatry, Londres, v. 11, n. 1, p. 63-73, 2011.

BENAVENTE, S. B. T.; ALS, C. Respostas fisiológicas e emocionais ao estresse em estudantes de enfermagem: revisão integrativa da literatura científica. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 24, n. 4, p. 571-6, 2011.

CARVALHO, A. M. Nível de atividade física, capacidade cardiorrespiratória e estilo de vida em estudantes universitários. 2016. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Educação Física) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.

CASPERSEN, C. J.; POWELL, K. E.; CHRISTENSON, G. M. Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports, Rockville, v. 100, n. 2, p. 126, 1985.

CUMMINS, R. A.; ECKERSLEY, R.; PALLANT, J.; VUGT, J. V.; MISAJON, R. Developing a national index of subjective wellbeing: The Australian Unity Wellbeing Index. Social Indicators Research, Boston, v. 64, n. 2, p. 159-90, 2003.

DAVIM, R. M. B.; TORRES, G. V.; DANTAS, S. M. M.; LIMA, V. M. Estudo com idosos de instituições asilares no município de Natal/RN: características socioeconômicas e de saúde. Revista Latino- Americana de Enfermagem, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 518-24, 2004.

DIENER, E.; SCOLLON, C. N.; LUCAS, R. E. The evolving concept of subjective well-being: The multifaceted nature of happiness. In: DIENER, E. Assessing well-being. Springer: Dordrecht, 2009.

FERRARI, E. Pesquisa Descritiva. In: SANTOS, S. G. Métodos de Pesquisa Quantitativa Aplicadas à Educação Física. Florianópolis: Tribo da Ilha. 2011. p. 81-91.

IPAQ. INTERNATIONAL PHYSICAL ACTIVITY QUESTIONNAIRE. RESEARCH COMMITTEE. Guidelines for data processing and analysis of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ)- short and long forms, 2005. Disponível em: <https://www.researchgate.net/file.PostFileLoader. html?id=5641f4c36143250eac8b45b7&assetKey=AS%3A294237418606593%401447163075131> Acessado em: 22 de outubro de 2018.

JANSSEN, I.; LEBLANC, A. G. Systematic review of the health benefits of physical activity and fitness in school-aged children and youth. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, Londres, v. 7, n. 1, p. 40, 2010.

KRUG, H. N.; CONCEIÇÃO, V. J. S.; KRUG, R. R.; TELLES, C.; FLORES, P. Expectativas de atuação profissional de acadêmicos ingressantes e concluintes no curso de licenciatura em educação física. Biomotriz, Cruz Alta, v. 11, n. 2, p. 84-108, 2017.

LIMA, D. F.; LIMA L. A.; MAZZARDO, O. J.; ANGUERA. M. G.; PIOVANI, V. G. S.; SILVA JUNIOR, A. P.; SILVA, M. P.; SAMPAIO, A. A. O padrão da atividade física no lazer de brasileiros idosos. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 16, n. 2, p. 39-49, 2018.

MARANHÃO NETO, G. A.; LEON, A. C. M. P.; FARINATTI, P. T. V. Equivalência transcultural de três escalas utilizadas para estimar a aptidão cardiorrespiratória: estudo em idosos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 11, p. 2499-510, 2008.

MARTINS, P. D. Promoção da saúde e bem-estar subjetivo no futebol de formação: regulação emocional e rendimento de atletas acolhidos na Casa do Dragão. 2015. Dissertação (Mestrado em de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde) - Universidade Portucalense, Porto, 2015.

MENDES NETTO, R. S.; SILVA, C. S.; COSTA, D.; RAPOSO, O. F. F. Nível de atividade física e qualidade de vida de estudantes universitários da área de saúde. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, São Paulo, v. 10, n. 34, p. 47-55, 2013.

MOREIRA, D. P.; FUREGATO, A. R. F. Stress and depression among students of the last semester in two nursing courses. Revista Latino-Americana de Enfermagem, São Paulo, v. 21, n. Esp., p. 155-62, 2013.

NORI, R.; GIUSBERT, F. Predicting cognitive styles from spatial abilities. American Journal of Psychology, Austin, v. 119, n. 119, p. 67-86, 2006.

PALMA A. Atividade física, processo saúde-doença e condições sócio-econômicas: uma revisão da literatura. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 97-106. 2017.

PEKMEZOVIC, T.; POPOVIC, A.; TEPAVCEVIC, D. K.; GAZIBARA, T.; PAUNIC, M. Factors associated with health-related quality of life among Belgrade university students. Quality of Life Research, Oxford, v. 20, n. 3, p. 391-397, 2011.

REIS, M. C.; ELZO JÚNIOR, E. P. P.; MELO, N. S. A.; RAPOSO, M. T.; MUNARO, H. L. R. Condições de saúde e fatores associados a satisfação com vida em acadêmicos de fisioterapia. Saúde.com, Jequié, v. 12, n. 3, p. 636-45, 2016.

RIGO, M. L. N. R.; TEIXEIRA, D. C. Efeitos da atividade física na percepção de bem-estar de idosas que residem sozinhas e acompanhadas. Journal of Health Sciences, Sarajevo, v. 7, n. 1, p. 13-20, 2015.

SILVA, S. G. Caracterização da pesquisa. In: SANTOS, S. G. Métodos de pesquisa quantitativa aplicadas á educação física. Florianópolis: Tribo da Ilha, 2011. p. 67-73.

SILVA, T. R.; SAENGER, G.; PEREIRA, E. F. Fatores associados à imagem corporal em estudantes de educação física. Motriz, Rio Claro, v. 17, n. 4, p. 630-39, 2017.

SOTERO, R. C.; CUNHA, N. C.; MADRID, B.; SALES, M. M.; MOREIRA, S. R.; SIMÕES, H. G. Identificação do lactato mínimo de corredores adolescentes em teste de pista de três estágios incrementais. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 119-22, 2011.

SOUSA, T. F.; SANTOS, S. F. S.; PIE, A. C. S.; ROSSATO, L. C. Associação entre indicadores de prática de atividade física na adolescência com o nível atual de prática de atividade física no lazer em acadêmicos de um curso de educação física no nordeste do Brasil. Pensar a Prática, Goiás, v. 12, n. 3, p. 1-17, 2009.

SPOHR, C.; FORTES, M.; ROMBALDI, A.; HALLAL, P.; AZEVEDO, M. Atividade física e saúde na Educação Física escolar: efetividade de um ano do projeto “Educação Física+”. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Pelotas, v. 19, n. 3, p. 300-13, 2014.

WHO. World Health Organization Physical. The use and interpretation of anthropometry. Geneva CH. WHO Technical Report 854, 1995. Disponivel em: <https://www.who.int/childgrowth/publications/ physical_status/en/>. Acessado em: 15 de novembro de 2018.

WISÉN, A. G.; FARAZDAGHI, R. G.; WOHLFART, B. A. Novel rating scale to predict maximal exercise capacity. European Journal of Applied Physiology, Berlim, v. 87, n. 4-5, p. 350-57, 2002.

ZAGATTO, A. M.; PAPOTI, M.; GOBATTO, C. A. Validity of critical frequency test for measuring table tennis aerobic endurance through specific protocol. Journal of Sports Science & Medicine, Bursa, v. 7, n. 4, p. 461, 2008.

Downloads

Publicado

06.05.2019

Como Citar

MEIRA, C. E. V.; ANDRADE, R. D. Atividade física no lazer, capacidade aeróbia percebida e bem-estar subjetivo de acadêmicos de educação física em diferentes fases do curso. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 17, n. 1, p. 13–21, 2019. DOI: 10.36453/2318-5104.2019.v17.n1.p13. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/21797. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Formação e Desenvolvimento Profissional