OS JOVENS PRESENTES NA EJA: AS (IM)POSSÍVEIS CONEXÕES ENTRE SABERES/CULTURAS JUVENIS E CULTURAS ESCOLARES

Resumo

RESUMO: O presente artigo configura-se em uma reflexão teórica/prática sobre a participação juvenil na Educação de Jovens e Adultos - EJA - em escolas da Rede Municipal de Belo Horizonte, a partir da atuação dos autores enquanto professores dessa modalidade de ensino. Busca-se refletir/reconhecer as especificidades escolares dos sujeitos/jovens da Educação de Jovens e Adultos e pensar sobre suas relações/interseções com a cultura escolar.  O objetivo é refletir sobre a condição e a participação juvenil nos processos escolares aos quais estão inseridos. E também, como a escola, sobretudo os cursos da modalidade de EJA tem se organizado para o atendimento desse público no que se refere à participação, reconhecimento e pertencimento de suas culturas no cotidiano das aulas e na organização do trabalho escolar. A sistematização dessa reflexão foi ancorada na proposta socioculturalista, em especial, a freireana, numa perspectiva de uma educação libertadora, dialógica e, ao longo da vida.  As reflexões indicam, que de um modo geral, há um hiato entre as culturas juvenis e a cultura escolar,  o que acarreta para os educadores desses jovens a responsabilidade dessa conexão. Quando não há nenhum desses dois aspectos no perfil do docente, as dificuldades se expandem, tanto por parte da escola, que não reconhece as especificidades e culturas dos jovens, como dos jovens, que comumente, rompem com a escola evadindo ou manifestando atos considerados indisciplinares.