UMA INFÂNCIA MOVIDA POR FORÇAS NÔMADES

Autores

  • Adriana Oliveira Pretto Docente Colégio Madre Bárbara
  • Angélica Vier Munhoz Docente do Centro de Ciências Humanas e Sociais e do Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado em Ensino - Universidade do Vale do Taquari - Univates
  • Cristiano Bedin da Costa Docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.17648/educare.v12i25.15758
Agências de fomento
PROSUP/CAPES

Palavras-chave:

Devir infantil, Nomadismo, Recreio

Resumo

Fluxos infantis em cena durante um recreio infantil. Um cenário carregado de fragmentos nômades que possibilitam movimentar forças, novas paisagens. Trata-se do recorte de uma pesquisa cartográfica orientada pelas pistas que surgiram ao longo do processo de investigação e aproximações de autores como Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault e alguns de seus comentadores, cujo objetivo se constituiu em refletir sobre a infância e seus movimentos nômades num espaço-tempo do recreio infantil. Tal experimentação, que integrou a dissertação do Mestrado em Ensino, realizada no Centro Universitário, como bolsista Prosup/Capes, no período de 2015 a 2017, partiu das seguintes questões de pesquisa: como pensar outras infâncias perpassadas por forças nômades? O que as crianças dizem em seus movimentos nômades? Como produzem fluxos em meio a devires-infantis? Nessa medida, tomou-se o nomadismo como um conceito potente para pensar a infância. Com o propósito de acompanhar algumas dessas pistas, buscou-se a aproximação com um grupo de crianças de quatro meses a cinco anos de uma escola de Educação Infantil do município de Cruzeiro do Sul (RS), durante o cotidiano do recreio infantil. Nos encontros, foram registrados em diários de bordo e por meio de gravações de áudio, expressões de pensamento das crianças, seus sons, polifonias e fluxos infantis. Como resultados, evidenciou-se uma trama de tensionamentos que afirmam a necessidade de romper com modos de pensar que naturalizam o que é historicamente demarcado, verdades que seguem as linhas dominantes de uma infância separada da vida como potência.

Biografia do Autor

Adriana Oliveira Pretto, Docente Colégio Madre Bárbara

Possui graduação em Pedagogia, especialização em Educação e Psicopedagogia: poder, diferença e rupturas e mestrado em Ensino, com estudos na na linha de pesquisa Ciência, Sociedade e Ensino, pela Universidade do Vale do Taquari - Univates. Atualmente participa como integrante do Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates) e do Projeto de Extensão Formação Pedagógica e Pensamento Nômade vinculado ao curso de Pedagogia da Univates. Atuou em turmas de Educação Infantil e Primeiro Ano do Ensino Fundamental do Colégio Madre Bárbara, em Lajeado. Tem se debruçado na discussão e problematização dos espaços escolares e não escolares bem como os movimentos escolarizados e não escolarizados e seus cruzamentos e atravessamentos tanto no currículo quanto na pedagogia. 

Angélica Vier Munhoz, Docente do Centro de Ciências Humanas e Sociais e do Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado em Ensino - Universidade do Vale do Taquari - Univates

Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica, PUCRS (1987); Mestrado (2003) e Doutorado (2009) em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio doutoral (Capes) na Université Paris VIII (Vincennes Saint Denis), Departements de Arts, Philosophie et Esthétique. Atualmente é professora Titular da Universidade do Vale do Taquari - Univates atuando nos cursos de graduação em Pedagogia e Psicologia e no Programa de Pós-graduação - Mestrado e Doutorado em Ensino e Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas. É líder do Grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/Univates/CNPq) e integra o Grupo de pesquisa Escrileituras da diferença em Filosofia-educação (UFRGS/CNPq). Coordena o projeto de extensão Formação pedagógica e pensamento nômade. Atua na área de educação com ênfase em currículo, aprendizagem, corpo e Filosofia da diferença

Cristiano Bedin da Costa, Docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor Adjunto no Departamento de Ensino e Currículo (DEC) da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Área de Didática, Currículo e Formação de Professores. Doutor em Educação pela UFRGS. Psicólogo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atuou no Centro Universitário Univates (2012-2016), desempenhando diversas atividades nos níveis de ensino, pesquisa e extensão. É membro dos Grupos de Pesquisa CEM - Currículo, Espaço, Movimento (Univates), DIF - Artistagens, Fabulações, Variações (UFRGS) e Escrileituras da Diferença em Filosofia-Educação (UFRGS). Heterotopologista. Interessa-se pelas relações entre Arte, Literatura e Filosofia, tomadas como intercessores do pensamento em Educação. Com Barthes, Deleuze e Foucault, pesquisa estratégias de criação em meio às formações curriculares contemporâneas

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Publicado

12-12-2017

Como Citar

PRETTO, A. O.; MUNHOZ, A. V.; COSTA, C. B. da. UMA INFÂNCIA MOVIDA POR FORÇAS NÔMADES. Educere et Educare, [S. l.], v. 12, n. 25, 2017. DOI: 10.17648/educare.v12i25.15758. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/educereeteducare/article/view/15758. Acesso em: 29 mar. 2024.