MASCULINIDADES: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA INTERACIONISTA-DISCURSIVA

Autores

  • CLAUDIA Aparecida Avelar FERREIRA Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. https://orcid.org/0000-0002-8802-1716
  • FABIANA de Fátima Matos QUEIROZ- RIBEIRO Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Administração / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

DOI:

https://doi.org/10.48075/revex.v18i1.20909
Agências de fomento
Fapemig

Palavras-chave:

Análise do discurso. Masculinidades. Charge

Resumo

O objetivo deste artigo foi analisar o interdiscurso do gênero charge para desenvolver o corpus do que é ser homem na construção de sentidos pelos leitores. Para tanto se buscou evidenciar o sentido de gênero e masculinidades como construções sociais. A metodologia aplicada para a análise do discurso é a referenciação sob a perspectiva interacionista-discursiva. O resultado mostra que cada discurso quer dizer de sua própria verdade, não se referindo então a uma verdade universal, ou seja, o mesmo discurso pode ser percebido agregador de diferentes entendimentos.

Biografia do Autor

CLAUDIA Aparecida Avelar FERREIRA, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Mestre em Administração - Centro Universitário UNA
Especialista em assistência farmaceutica pelo SUS(UFSC). MBA em administração de organizações hospitalares e serviços de saúde (FGV). Especialização em administração de serviços de saúde e saúde pública. Farmaceutica -bioquimica (UFMG).
NERHRUT- Núcleo de Estudos em Recursos Humanos e Relações de Trabalho

 

GEDI- Grupo de Estudos de Gestão, Diversidade e Inclusão

FABIANA de Fátima Matos QUEIROZ- RIBEIRO, Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Administração / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Graduação em Administração de Empresas - 2002 - 2006Pós Graduação pela Fundação Dom Cabral em Gestão de Negócios - 2007- 2009Imersão de estudos na Língua Inglesa - Canada - 2009Pós Graduação pela Fundação Dom Cabral em Gestão de Pessoas - 2011 - 2012Atuação Profissional na Vale S.A, nas áreas de Qualidade Total, Secretariado Executivo, Analista Administrativo Júnior a Pleno, atuação na Diretoria Executiva entre 2004 a 2015.Disciplinas Isoladas do Mestrado Acadêmico - CEFET e PUC - 2015 a 2016Mestrado Acadêmico em Administração - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - 2017 - 2019

NERHRUT- Núcleo de Estudos em Recursos Humanos e Relações de Trabalho

 

Referências

ADDIS, Michael E; MANSFIELD, Abigail K.; SYZDEK, Matthew R. Is "Masculinity" a Problem? Framing the Effects of Gendered Social Learning in Men. Psychology of Men & Masculinity, v.11, n.2, p. 77-90,2010.

ARAÚJO, Maria de Fátima. Diferença e Igualdade nas relações de gênero: revisitando o debate. Revista Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v.17, n.2, p. 41 - 52,2005.

BADINTER, Elisabeth. XY: sobre a identidade masculina. 2 ed. Maria Ignez Duque Estrada (Trad.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1993.

BAKHTIN, Mikhail. Os Gêneros do Discurso In. Estética da Criação Verbal. 2ª. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 279-336.

BAKHTIN, Mikhail; VOLOCHÍNOV, Valentin. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12ª ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

BATNITZKY, Adina; MCDOWELL, Linda; DYER, Sarah. Flexible and Strategic Masculinities: The Working Lives and Gendered Identities of Male Migrants in London. Journal of Ethnic and Migration Studies, v.35, n.8, p.1275-1293, Aug. 2009.

BENVENISTE, Émile. Vista d’olhos sobre o desenvolvimento da linguistica. In: Problemas de Linguistica Geral I. (Tradução Maria Glória Novak e Maria Luiza Neri) Campinas, S.P.: Pontes, 1991, p.19-33.

BERALDO, Guilherme de S.; TRINDADE, Ellika. Novos Pais, Novos Homens? Paternidade e Identidade masculina no Contexto Pós-Moderno. Revista Pretextos, v.1, n.2, p. 56-75, 2016.

BIRCH, Philip; BALDRY, Eileen; HARTLEY, Victoria H. Procuring Sexual Services: Evidencing Masculinity Diversity and Difference Through Sex Work Research. Sexuality & Culture, n.21, p.1106-1119, Dec. 2017.

BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. In. Atividade de linguagem, textos e discursos – por um interacionismo sócio-discursivo. Tradução Anna Rachel Machado, Péricles Cunha, São Paulo: EDUC, p.31-49,1999.

CALÁS, Marta B.; SMIRCICH, Linda. Do Ponto de Vista da Mulher: Abordagens Feministas em Estudos Organizacionais. In: CLEGG, Stewart R.; HARDY, Cynthia; NORD, Walter R.; CALDAS, Miguel; FACHIN, Roberto; FISCHER, Tânia. Handbook de Estudos Organizacionais: Modelos de análise e novas questões em estudos organizacionais, v.1, São Paulo: Altas,1999, p.275-329.

CARDOSO, Irene. A geração dos anos 1960: o peso de uma herança. Tempo Social, v.17, n.2, p. 93-107, nov. 2005.

CONNEL, Robert W. Políticas da masculinidade. Educação e Realidade, v.20, n.2, p.185-206,1995.

CONNEL, Robert W. "Masculinities, Change and Conflict in Global Society: Thinking about the Future of Men's Studies." Journal of Men's Studies, v. 11, n. 3, p. 249-266, 2003.

CONNELL, Robert W. Masculinities (2a ed.) University of California Press, p. 324,2005.

CONNELL, Robert W.; MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidades hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas, v.21, n.1, p.241-282,2013.

CONNELL, Robert; PEARSE, Rebecca. Gênero uma Perspectiva Global: compreendendo o gênero – da esfera pessoal a política - no mundo contemporâneo. (3a ed.) Marilia Moshkovich (Trad.) São Paulo: nVersos,2015.

DUCROT, Oswald. Referente. In. Enciclopédia Einaudi: linguagem e enunciação. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, v.2, p.418-438, 1984.

ECCEL, Cláudia Sirangelo; GRISCI, Carmem Lígia Iochins. Trabalho e gênero: a produção de masculinidades na perspectiva de homens e mulheres. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v.9, n.1, p. 57-78, jan./ mar. 2011.

FIALHO, Fabrício Mendes. Uma crítica ao conceito de masculinidade hegemônica. Lisboa, Portugal: Instituto de Ciências Sociais - Universidade de Lisboa,2006.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (6. eds.). São Paulo: Atlas,2008.

GONÇALVES, Carlos Alberto; MEIRELLES, Anthero de Moraes. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Editora Atlas,2004.

GRAEF, Stephen T.; TOKAR, David M.; KAUT, Kevin P. Relations of masculinity ideology, conformity to masculine role norms, and masculine gender role conflict to men's attitudes toward and willingness to seek career counseling. Psychology of Men & Masculinity, v.11, n.4, p.319-333, 2010.

GROSSI, Miriam Pilar. Enfoque de Gênero na História Social. Revista Estudos Feministas (UFSC. Impresso), Rio de Janeiro, v. 1, n.1, p. 215-216, 1993.

GROSSI, Miriam Pilar. Masculinidades: Uma revisão teórica. Revista Antropologia em Primeira Mão da Universidade Federal de Santa Catarina, v.7, p.21-42, 2004.

JABLONSKI, Bernardo. A Divisão de Tarefas Domésticas entre os Homens e Mulheres do Cotidiano do Casamento. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, v.30, n.2, p. 262-275,2010.

JERUSALINSKY, Julieta. Quem é o outro do sujeito na primeira infância? Considerações sobre o lugar da família na clínica com bebês,2005, p. 1-14. Disponível em: dhttp://www.estadosgerais.org/encontro/tv/pt/trabalhos.php. Acesso 20 out 2018.

JEWKES, Rachel; MORRELL, Robert; HEAM, Jeff; LUNDQVIST, Emma; BLACKBEARD, David et al. Hegemonic masculinity:combining theory and practice in gender interventions. Culture, Health & Sexuality, v.17, n.(supl.2), p.112-127,2015.

LOPES; Maria Ângela Paulino Teixeira. Referenciação e gênero textual – atividades sócio-discursivas em interação. In: MACHADO, I. L.; MELLO, R. de (Org.). Gêneros: reflexão em análise do discurso. Belo Horizonte: NAD/POSL in, FALE/UFMG, 2004, p.205-219.

LOPES; Maria Ângela Paulino Teixeira. Eventos de leitura no espaço acadêmico – representações sociais no processo de referenciação do gênero charge. In: BARROS, E. M. D.; STORTO, L. J. (Org.) Gêneros do jornal e ensino: práticas de letramentos na contemporaneidade. São Paulo: Pontes, 2017, p. 241-264.

MACÊDO; José Emerson Tavares de; SOUZA; Maria Lindaci Gomes de. A charge no ensino de história, p.1-9,2011. Disponível em: http://www.anpuhpb.org/anais_xiii_eeph/textos/ST%2004%20-%20Jos%C3%A9%20Emerson%20Tavares%20de%20Macedo%20TC.PDF.Acesso 20 out. 2018.

MARCUSCHI; Luis A. Anáfora indireta: o barco textual e suas âncoras. In. KOCH, I.G.V.; BENTES, A.C. (Orgs.). Referenciação e discurso, SP: Contexto, p.53-101, 2005.

MEDRADO, Benedito; LYRA, Jorge. Por uma matriz feminista de gênero para os estudos sobre homens e masculinidades. Estudos Feministas, Florianópolis, v.16, n.3, p.809-840,2008.

MONDADA, Lorenza e DUBOIS, Danièle. Construção dos objetos de discurso e categorização: uma abordagem dos processos de referenciação. In. CAVALCANTE, Monica M. RODRIGUES, Bernadete B. e CIULLA, Alena. (Orgs.) Referenciação. SP: Contexto, 2003, p.17-52.

MONTEIRO, Marko. Tenham Piedade dos Homens! Masculinidades em Mudança. Juiz de Fora:FEME,2000.

MONTEIRO, MARKO. Masculinidades em revista: 1960-1990. In: Mary Del Priore, Marcia Amantino (orgs). História dos Homens no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, p.333-358,2013.

MOREIRA, Maria Beatriz Cyrino; SANTOS, Rafael dos. O caso do Som Imaginário: contracultura, experimentação e indústria fonográfica entre as décadas de 1960 e 1970. Per musi, Belo Horizonte, n. 30, p. 87-97, dez. 2014.

NOLASCO, Sócrates. O mito da masculinidade. Rio de Janeiro: Rocco,1993.

OLIVEIRA, Éwerton Silva de. Rasga Coração, de Vianinha, e Hair: Aproximação e distanciamento num contexto de contracultura. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n.46, p.301-325, jul./ dez 2015.

QUAYLE, Michael; LINDEGGER, Graham; BRITTAIN, Kirsty; NABEE, Neesa; Cole, Charlene. Women’s Ideals for Masculinity Across Social Contexts: Patriarchal Agentic Masculinity is Valued in Work,Family, and Romance but Communal Masculinity in Friendship. Sex roles, v.78, n.1-2, p.52-66, January 2018.

ROCHA-COUTINHO, Maria Lúcia. Novas Opções, antigos dilemas: mulher, família, carreira e relacionamento no Brasil. Temas em Psicologia da SBP, v.12, n.1, p. 2-17,2004.

SANTOS, Luciana da Silva; DINIZ, Gláucia Ribeiro Starling. Donas de casa: classes diferentes, experiências desiguais. Psicologia Clínica, v.23, n.2, p.137-149, jan. 2011.

SARTI, Cynthia A. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v.12, n. 2, p. 35-50, mai./ago. 2004.

SCOTT, Joan W. Preface a gender and politics of history. Cadernos Pagu, v.3, p.11-27,1994.

SILVA, Telma Cristina Gomes da. O Interdiscurso no gênero charge: um estudo do discurso humorístico sob a perspectiva da Análise do Discurso francesa. Revista Eletrônica de Linguística, v.6, n.1, 1º semestre, p. 302-321, 2012.

SILVA, Bruna C. de S. L.; SANTOS, Thays C. da. C. O que é feminismo e quais são suas vertentes? In: Ramos, Marcelo Maciel., Brener, Paula Rocha Gouveia., Nicoli, Pedro Augusto Gravatá (orgs). Gênero, Sexualidade e Direito uma introdução (pp. 40 – 49). Belo Horizonte: Editora Initia Via,2016.

SOUZA, Eloisio Moulim de; MORAES, Marcos Winicius Pezete Santos; DUARTE, Pedro Paulo Pinheiro; HIGASHI, Roberto. A produção científica sobre masculinidade na administração: análise dos trabalhos publicados no decênio 2001-2010. Gestão e Sociedade, Belo Horizonte, v.6, n.14, p. 199-218,2012.

SOUZA, Eloisio Moulim; BIANCO, Mônica de Fátima; JUNQUILHO, Gelson Silva. Contestações sobre o Masculino no contexto do trabalho: estudo pós-modernista em mineradoras e siderurgias. Revista de Administração Contemporânea, v.19, n.2, p. 269-287, 2014.

TEYKAL, Carolina Macedo; ROCHA-COUTINHO, Maria Lúcia. O homem atual e a inserção da mulher no mercado de trabalho. Revista Psico, v.38, n.3, p. 262-268, set./dez. 2007.

VOLÓCHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais dos métodos sociológicos na ciência da linguagem. Tradução, notas e glossário de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo – Editora 34, 2017.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, v.9, n.2, p.460 -482, 2º semestre 2001.

WANG, May-Lin; JABLONSKI, Bernardo; MAGALHÃES, Andréa Seixas. Identidades Masculinas: Limites e Possibilidades. Psicologia em Revista, v.12, n.9, p.54-65, jun. 2006.

YIN, Robert K. The Case Study Crisis: some answers. Administrative Science Quartely. Cornell University, 26, 1981.

Downloads

Publicado

10-10-2019

Como Citar

FERREIRA, C. A. A.; QUEIROZ- RIBEIRO, F. de F. M. MASCULINIDADES: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA INTERACIONISTA-DISCURSIVA. Revista Expectativa, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 1–16, 2019. DOI: 10.48075/revex.v18i1.20909. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/expectativa/article/view/20909. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Seção - Línguas/Comunicação