FRONTEIRA E INTERAÇÕES TRANSFRONTEIRIÇAS ENTRE BRASIL E PARAGUAI NO SEGMENTO DE GUAÍRA E SALTO DEL GUAIRÁ

Autores

  • Ana Paula Azevedo da ROCHA
  • Maristela FERRARI

DOI:

https://doi.org/10.48075/geoq.v13i2.24740
Agências de fomento

Resumo

Por interações transfronteiriças entende-se a articulação de redes ou fluxos de qualquer natureza, mas que depende da travessia de uma fronteira político-territorial. Elas podem ser materiais ou imateriais (FERRARI, 2011). Em cidades de fronteira é comum o desenvolvimento de redes de interações culturais, econômico-comerciais, legais e ilegais. Normalmente, habitantes de cidades fronteiriças exploram as oportunidades decorrentes das descontinuidades territoriais, o que contribui para o estabelecimento de redes transfronteiriças (MACHADO, 2005 e 1998). Guaíra (Paraná-Brasil) e Salto Del Guairá (Canindeyú- Paraguai) constituem bons exemplos de análise graças à recente exploração das disparidades fronteiriças, sobretudo no campo econômico-comercial e monetário. Este trabalho analisa os fatores que motivaram/motivam interações transfronteiriças entre Guaíra e Salto Del Guairá. Os procedimentos operacionais consistiram-se no amparo teórico e pesquisa de campo. A analise revela que, dentre outros fatores, dois parecem ter contribuído fundamentalmente para o estabelecimento de interações cotidianas transfronteiriças Guaíra e Salto Del Guairá: formação do lago para usina Hidrelétrica de Itaipu e a construção da Ponte Ayrton Sena[1]. Tais obras conduzidas, em parte pelo Estado nacional brasileiro, facilitaram a circulação e promoveram o estabelecimento de interações transfronteirças cotidianas entre aquelas cidades. O trabalho revela também que atualmente as interações consideradas mais expressivas são as econômico-comerciais e que abrangem diversas escalas geográficas.

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Publicado

01-05-2020

Como Citar

ROCHA, A. P. A. da; FERRARI, M. FRONTEIRA E INTERAÇÕES TRANSFRONTEIRIÇAS ENTRE BRASIL E PARAGUAI NO SEGMENTO DE GUAÍRA E SALTO DEL GUAIRÁ. Geografia em Questão, [S. l.], v. 13, n. 2, 2020. DOI: 10.48075/geoq.v13i2.24740. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/geoemquestao/article/view/24740. Acesso em: 25 abr. 2024.