Fases de Aquisição de Uma Língua de Sinais

Autores

Agências de fomento

Palavras-chave:

Libras. Línguas de Sinais. Aquisição da Linguagem.

Resumo

Neste ensaio, baseado sobretudo nos estudos de Baker, Bogaerde e Jansma (2016) e de Pfau, Steinbach e Herrmann (2016), apresentamos as fases por que passam os bebês surdos, desde seu nascimento, para adquirirem uma língua de sinais como L1. Transitamos teoricamente, então, entre os períodos pré-linguístico, de uma palavra, das primeiras combinações, das combinações múltiplas até o estágio mais avançado. Tecemos, ainda, alguns comentários sobre a aquisição de segunda língua por crianças surdas. É importante dizer que aqui não consideramos, embora seja preciso, não só o contexto linguístico para o desenvolvimento das LS, como também o contexto extralinguístico. Por exemplo, crianças surdas filhas de pais surdos tendem a ter um processo de aquisição de uma LS de forma mais satisfatória do que crianças surdas filhas de pais ouvintes que dominam apenas uma LO. Além disso, há discussões importantes sobre surdos que usam implantes cocleares: alguns consideram que podem aprender apenas uma LO; outros que devem ser bilíngues bimodais (ou seja, dominar uma língua oral e uma língua de sinais). Esses assuntos precisam, ainda, ser mais bem desenvolvidos.

Biografia do Autor

Felipe Aleixo, Universidade Federal de Roraima

É doutorando em Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp - câmpus de Araraquara - SP (2017).

É Professor Efetivo de Magistério Superior do curso de Letras-Libras Bacharelado da Universidade Federal de Roraima.

Referências

BAKER, A.; BOGAERDE, B. v. d.; JAMSNA, S. Aquisition. In: BAKER, A. et al. The Linguistics of Sign Languages: na introduction. Amsterdam: John Benjamins, 2016.

KARNOPP, L. B. Aquisição do parâmetro configuração de mão na língua brasileira de sinais (libras): estudo sobre quatro crianças surdas, filhas de pais surdos. Porto Alegre: PUCRS, Dissertação de Mestrado, 1999.

KARNOPP, L. B.; QUADROS, R. M. Educação infantil para surdos. In: ROMAN, E. D.; STEYER, V. E. (Eds.). A criança de 0 a 6 anos e a educação infantil: um retrato multifacetado. Canoas, 2001.

LAMBRECHT, Knud. Information Structure and sentence form: topic, focus and the mental representations of discourse referents. New York: Cambridge, 1994.

QUADROS, R. M. Phrase structure of brazilian sign language. Porto Alegre: PUCRS, Tese de Doutorado, 1999.

QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Estudos linguísticos da língua brasileira de sinais. Porto Alegre: Artmed, 2004.

PFAU, R.; STEINBACH, M.; HERRMANN, A. A matter of complexity: Subordination in sign languages. Berlin: De Gruyter Mouton, 2016.

RODRIGUES, Angélica; ALMEIDA-SILVA, Anderson. Reflexões sociolinguísticas sobre a libras (Língua de Sinais Brasileira). Estudos Linguísticos, São Paulo, 46 (2), p. 686-698, 2017.

STOKOE, W. C. Sign language structure. Silver Spring: Linstok Press, [1960] 1978.

Downloads

Publicado

29-01-2020

Como Citar

ALEIXO, F. Fases de Aquisição de Uma Língua de Sinais. Línguas & Letras, [S. l.], v. 20, n. 48, 2020. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/23357. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: LÍNGUAS DE SINAIS – CONQUISTAS E DESAFIOS