Elementos de alegoria e de sátira em "Os tambores silenciosos", de Josué Guimarães

Autores

  • Katia Luisa Seckler

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v4i4.1227

Resumo

Josué Guimarães estreou na ficção nos anos 70. Seu nome tornou-se reconhecido na cena literária sul-rio-grandense em 1972, com a publicação do romance A ferro e fogo: tempo de solidão. Legítimo “escritor do seu tempo”, considerando-se que sua obra pode ser lida como denúncia das questões sociais de sua época, Josué Guimarães trabalha com temas como a desmistificação da história e da visão social de um tempo, temas esses marcados pela consciência crítica do escritor. A questão da censura, do autoritarismo e da repressão política é tematizada em Os tambores silenciosos, escrito em 1975 e publicado em 1977, após escapar de uma ameaça de censura. Nesta obra, elementos da sátira e do escárnio são utilizados na construção de personagens e situações que representam militares e suas atitudes arbitrárias, políticos impotentes e bajuladores, policiais violentos. Interpretações do romance, como a de Gonzaga (1988) e Santos (1997), apontam uma aproximação operada na narrativa entre as ditaduras getulista e militar. Ou seja, a fábula passa-se em 1936, mas remete aos governos militares da década de 70. Seguindo esse pressuposto, o presente trabalho intenta verificar como ocorre essa aproximação, baseando-se em produções teóricas que versam sobre as relações entre literatura e história, e sobre sátira e alegoria.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

SECKLER, K. L. Elementos de alegoria e de sátira em "Os tambores silenciosos", de Josué Guimarães. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 4, n. 4, p. p. 315–326, 2000. DOI: 10.48075/rlhm.v4i4.1227. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/1227. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos