A (IM)POTÊNCIA DE LÍNGUA: TESTEMUNHO E EXCEÇÃO EM PRIMO LEVI

Autores

  • Rogério dos Santos França

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v12i20.13566
Agências de fomento
FAPESB- FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DA BAHIA

Palavras-chave:

Testemunho, Estado de Exceção, Primo Levi

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar, a partir da obra de Primo Levi, o estatuto da escrita testemunhal e as dificuldades que ela coloca com relação a seu uso, especialmente pela historiografia (o que implica pensar, a partir das discussões encetadas no curso Arquivos Literários, as estratégias de arquivamento e de crítica). Partindo da consideração dos testemunhos de um sobrevivente do extermínio de judeus pelo III Reich, busca-se pensar a relação entre narrativa e acontecimento, bem como em que medida as aporias colocadas pela narrativa testemunhal apontam para o testemunho enquanto limiar da historiografia, e como todas as dificuldades do primeiro podem ser expansivas à segunda. Nesse sentido, considera-se o ato testemunhal atravessado de complexidades que desmontam as facilidades que pretendem ver na narrativa a transposição literal da experiência, bem como vislumbra na precariedade do testemunho (equilibrado em uma dupla dúvida) a (im)potência mesmo da língua que pretende responder ao intolerável.


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Publicado

26-01-2017

Como Citar

FRANÇA, R. dos S. A (IM)POTÊNCIA DE LÍNGUA: TESTEMUNHO E EXCEÇÃO EM PRIMO LEVI. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 12, n. 20, 2017. DOI: 10.48075/rlhm.v12i20.13566. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/13566. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO E LITERATURA, ENSINO E CULTURA