O TEMPO DE EXU: NECROPOLÍTICA, HISTÓRIA E MEMÓRIA EM KINDRED
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i27.24517Palavras-chave:
Kindred, Exu, tempo, memória, necropolítica.Resumo
O presente artigo propõe-se a investigar as implicações de tempo, história e memória exploradas em Kindred: Laços de Sangue, da escritora afroamericana Octavia Butler. Publicado originalmente em 1979, Kindred é narrado em primeira pessoa por Dana, uma escritora negra de 26 anos que é transportada para outro tempo e espaço (a plantação), repetidamente, sempre com o intuito inicial de salvar a vida de um antepassado branco. A relação entre o deslocamento temporal e a memória colonial serão entrelaçadas à cosmologia Nagô de tempo não linear, sobretudo pelo princípio de Exu que esfacela a noção de História enquanto progressão contínua, para pensar as estratégias narrativas utilizadas pela autora. Partindo da noção de necropolítica e da experiência do tempo, propõe-se igualmente refletir as imbricações entre trauma, corpo, memória e resistência.
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