Cinética ruminal de espécies forrageiras nativas da caatinga

Autores

  • L. R. Bezerra
  • A. M. de A. Silva
  • F. H. S. de Lima
  • J. E. L. Souza
  • S. B. de Carvalho Jr.
  • J. R. M. Mello

DOI:

https://doi.org/10.18188/sap.v9i2.4581

Palavras-chave:

Composição química, degradabilidade, ovinos

Resumo

Este trabalho tem como objetivo avaliar a cinética da degradação ruminal in situ da matéria seca (MS), proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN) de cinco espécies forrageiras nativas: orelha de onça (Macroptilium Martii Benth),  amor de vaqueiro
(Desmodium canum), feijão bravo (Capparis Flexuosa), maniçoba (Manihot Epruinosa) e imburana de cambão (Camniphora  leptophloes) do semi-árido paraibano. Quatro ovinos machos castrados, de dois anos de idade, da  raça Santa Inês, com peso médio de 40 kg previamente canulados no rúmen, foram distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com parcela subdividida. Os animais foram alojados em baias individuais e alimentados à vontade com dietas contendo os fenos das forrageiras estudadas e suplementação mineral. Os alimentos foram moídos, colocados em sacos de náilon e incubados nos tempos 0, 6, 12, 24, 48 e 96 horas. Foram realizadas análises químico-bromatológicas (MS, PB e FDN) das forrageiras para determinação da degradação ruminal  in situ. A solubilidade da MS foi maior (P>0,01) para o feno de feijão bravo.
Quanto à fração potencialmente degradável da MS, o feno de maniçoba apresentou o maior valor médio. Os fenos de maniçoba e de feijão bravo apresentaram um menor percentual da fração não degradável entre as forrageiras avaliadas (P<0,01). O feno de maniçoba e feijão bravo apresentaram DP e DE (2-5%/h) da MS superior (P<0,01) às demais forrageiras. O feijão bravo apresentou as maiores taxas de DP e DE (2-5%/h) da PB. Os fenos das forrageiras, maniçoba e feijão-bravo, apresentaram o melhor potencial para arraçoamento dentre as forragens estudadas. A degradabilidade da MS, PB e FDN indicaram para os fenos de maniçoba e feijão bravo melhor potencial de utilização, visto
que a qualidade nutritiva e a eficiência de aproveitamento no rúmen foram superiores para estas forragens.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

BEZERRA, L. R.; SILVA, A. M. de A.; LIMA, F. H. S. de; SOUZA, J. E. L.; CARVALHO JR., S. B. de; MELLO, J. R. M. Cinética ruminal de espécies forrageiras nativas da caatinga. Scientia Agraria Paranaensis, [S. l.], v. 9, n. 2, p. p. 85–94, 2000. DOI: 10.18188/sap.v9i2.4581. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/scientiaagraria/article/view/4581. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos