Choque térmico combinado ao cálcio na indução de tolerância do tomate ao armazenamento refrigerado

Resumo

Neste trabalho foi avaliado o efeito do choque térmico, combinado ao cálcio, na resposta bioquímica e microbiológica de tomates armazenados sob refrigeração. Tratamentos de choque térmico (45 ºC por 12 minutos em imersão) combinado ao cálcio (CaCl2) foram aplicados aos tomates. Depois dos tratamentos, os tomates foram armazenados a 5 ºC por 10 dias, com subsequente armazenagem a 20 ºC por mais 10 dias. A atividade de peroxidase (PO), os conteúdos de β-caroteno, licopeno, fenólicos totais e ácido ascórbico e também a incidência de patógenos foram avaliados. Os resultados mostraram que não houve efeito do choque térmico e de sua combinação com Ca sobre as atividades de PO e sobre o conteúdo de ácido ascórbico dos tomates submetidos ao estresse pelo frio. Influência significativa no conteúdo de fenólicos totais dos tomates estressados pelo frio ocorreu apenas quando o choque térmico foi aplico com o cálcio, com acúmulo inferior ao controle. A utilização do choque térmico nos tomates submetidos ao estresse pelo frio mostrou eficiência na redução da incidência de patógenos, o que permite maior vida útil pós-colheita dos frutos armazenados sob refrigeração. A associação do cálcio com choque térmico se mostrou menos eficiente no controle da incidência de patógenos do que o choque térmico isolado, não compensando o uso do cálcio. Sintomas de dano pelo frio devido a senescência e desenvolvimento de patógenos não foram constatados nos tomates tratados com choque térmico isolado, revelando-se como método eficiente na promoção de tolerância do fruto ao frio.