Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores (Res. 2/2015): princípios e concepções

Autores

  • Ângela Maria Silveira Portelinha Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Vanice Schossler Sbardelotto Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtm.v11i21.18368
Agências de fomento

Palavras-chave:

Formação de professores, Diretrizes curriculares, Trabalho docente.

Resumo

O objetivo deste trabalho é explicitar os princípios e as concepções anunciadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores (DCNFP) em nível superior, Resolução nº 2, de 1º de Julho de 2015. Apresenta discussões relativas ao contexto em que foi construído tal documento abordando as políticas educacionais, a partir da década de 1990, especificamente para o campo da formação de professores com destaque para conflitos, contradições e quais as implicações para o trabalho docente. Ressalta que as novas DCNFP representam a possibilidade de se articular a formação inicial e continuada dos professores como também instituir um modelo de formação capaz de estreitar os vínculos entre as instituições formadoras de Educação Superior e as escolas de Educação Básica. O avanço dessa Diretriz reside na inclusão de recomendações para as quatro dimensões da formação em vigência na atualidade brasileira: formação inicial, segunda licenciatura, complementação pedagógica para graduados e formação continuada. Os princípios e as concepções balizadores do documento são comuns às quatro dimensões e diferenciam-se nos aspectos prático-organizacionais relativos à temporalidade e aos componentes curriculares. Por fim, direciona a discussão à formação inicial evidenciando como a Base Comum Nacional, construída desde a década de 1980 pelos movimentos dos educadores, ganha destaque. No entanto, há necessidade de se avaliar a abrangência dos conteúdos no processo de elaboração e implementação dos projetos político-pedagógicos das instituições formadoras, pois dependendo do modelo curricular adotado, corre-se o risco de esvaziar, por outras vias, o domínio de conhecimentos essenciais à formação e ao trabalho docente.

Biografia do Autor

Ângela Maria Silveira Portelinha, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutora em Educação. Docente do curso de Pedagogia e do Mestrado em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE – campus Francisco Beltrão

Vanice Schossler Sbardelotto, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutoranda em Geografia. Docente do curso de Pedagogia e Assessora Pedagógica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – campus Francisco Beltrão

Referências

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Publicado

28-12-2017

Como Citar

PORTELINHA, Ângela M. S.; SBARDELOTTO, V. S. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores (Res. 2/2015): princípios e concepções. Temas & Matizes, [S. l.], v. 11, n. 21, p. 39–49, 2017. DOI: 10.48075/rtm.v11i21.18368. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/18368. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Rumos da Educação Brasileira: A formação de professores em Discussão