USO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA NA DISMENORREIA PRIMÁRIA EM MULHERES JOVENS
DOI:
https://doi.org/10.48075/vscs.v3i2.18251Palavras-chave:
Dismenorreia, Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea, Medição da Dor.Resumo
Dismenorreia, palavra derivada do grego, caracteriza-se pela dor na região abdominopélvica. Dor cíclica que pode ser acompanhada por cefaleia, vômitos, tontura, sensação de inchaço, entre outros sintomas. A dismenorreia primária, comumente diagnosticada, não apresenta nenhuma anormalidade pélvica, iniciando normalmente na adolescência. Nota-se que durante o seu acontecimento, ocorre o aumento da produção de prostaglandinas no útero durante o ciclo menstrual, acarretando o aumento da dor. Aproximadamente de 50 a 70% das mulheres apresentam dor uterina em algum momento de sua vida, sendo que, em média, 10% tornam-se incapazes de realizar suas atividades habituais. Como recurso para alívio da dor, a fisioterapia oferece tratamentos, dentre estes, pode-se citar a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS), método que estimula nervos periféricos por meio de eletrodos fixados à pele, que atua nos sistemas moduladores da dor, elevando a tolerância à mesma e causando analgesia local. Este estudo teve como objetivo analisar o efeito da TENS como tratamento da dor gerada pela dismenorreia primária em jovens nulíparas. Realizou-se um estudo quantitativo, experimental com 20 voluntárias distribuídas aleatoriamente em 2 grupos de 10, sendo o primeiro grupo controle, enquanto o segundo, grupo tratamento. Foram inclusas mulheres jovens com idades entre 18 e 26 anos que apresentassem dismenorreia primária e que não fizessem nenhum tipo de eletroestimulação como tratamento no período em que participariam do estudo. A avaliação da dor foi realizada através da EVA e McGill, antes e após a aplicação da TENS, que teve duração de 30 minutos, com frequência de 100Hz e duração de pulso 200 μs, com intensidade forte, porém confortável, diariamente. As pacientes foram posicionadas em decúbito ventral para colocação de 4 eletrodos distribuídos paralelamente à coluna vertebral, bilateralmente, entre as vértebras L3 e S3. O grupo controle foi submetido a um procedimento semelhante, porém o equipamento permaneceu desligado durante todo o tempo. Observou-se um aumento significativo no alívio da dor no grupo que recebeu a eletroestimulação comparado ao grupo controle. Conclui-se com este estudo que a TENS teve eficácia significativa no tratamento da dor causada pela dismenorreia primária em jovens nulíparas.