“O QUE RELUZ, DEFINITIVAMENTE, NÃO É OURO.” ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE RÉPLICAS DE MARCAS DE LUXO
DOI:
https://doi.org/10.48075/revistacsp.v9i16.2797Palavras-chave:
Produtos falsificados, marcas de luxo, comércio informal e etnografia.Resumo
O objetivo principal do trabalho foi realizar um estudo de inspiração etnográfica junto a um centro popular de compras localizado em Porto Alegre, também chamado de Camelódromo, a fim de observar o consumo de marcas de luxo consideradas como réplicas. Para isso, conviveu-se neste ambiente, desenvolveram-se relações com lojistas e clientes e observamos as vendas de produtos. Dentre as conclusões do estudo, primeiramente destacamos que todas as classes sociais consomem no camelódromo, todavia, as marcas de luxo são mais procuradas pela classe média[1]. Classes sociais menos apoderadas dificilmente compram produtos de luxo falsificados e, muitas vezes, nem conhecem as marcas que os vendedores oferecem. Por fim, uma reflexão importante do trabalho é que as marcas falsificadas estando nas mãos de pessoas com capital social e cultural podem ser legitimadas[2] e, até mesmo, ajudam a construir a identidade desses indivíduos.
[1] Existe uma grande dificuldade em se definir classe média. Contudo, uma solução encontrada por alguns autores é aliar critérios objetivos de renda com os de consumo. A renda per capita não seria suficiente uma vez que temos que considerar os padrões de consumo condizentes com os valores urbanos da cidade de Porto Alegre, como, por exemplo, possuir um automóvel.
[2] Tornam-se legítimas; acaba se passando por verdadeira, original.
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