A LUTA PELA TERRA E A VIOLÊNCIA CONTRA OS POSSEIROS NA REGIÃO DE PORTO NACIONAL - TO: O PROTAGONISMO DA CPT ARAGUAIA/TOCANTINS SOB A LIDERANÇA DO BISPO DOM CELSO DE ALMEIDA
DOI:
https://doi.org/10.48075/geoq.v13i5.27160Resumo
O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise histórica do que foi e como é a luta pela terra na região de Porto Nacional, a partir do conflito armado na Fazenda São João – um latifúndio improdutivo desde 1858 – no qual estiveram diretamente envolvidos, os posseiros e a CPT, secção de Porto Nacional, contra grileiros, pistoleiro e o Estado (INCRA, IDAGO). Até a construção da ponte sobre o rio Tocantins e da rodovia Belém-Brasília, a região de Porto Nacional vivia uma vida sertaneja e, apesar dos posseiros darem parte de sua produção aos donos de terra, que ampliavam suas riquezas sem nenhum esforço, existia certa harmonia nessas relações. D. Celso fazia parte dessa harmonia. “A gente não se envolvia tanto com os trabalhos sociais”, dizia ele. O conflito pela terra na fazenda São João perdurou, entre ameaças, espancamento de camponeses, prisões e expulsões, e assassinatos, desde o final dos anos 70 até o final dos anos 80, quando aconteceu o conflito armado. A fazenda São João, hoje PA São João, está situada a cerca de 15 Km da cidade de Palmas, capital do Estado do Tocantins.
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