'Fidalgos' da Casa Real, tramas ultramarinas: o caso dos filhos de Águas Belas em uma conquista americana de Antigo Regime (Rio de Janeiro, séculos XVII e XVIII)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36449/rth.v26i1.26431
Agências de fomento
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Palavras-chave:

Fidalgos da Casa Real; Império português; Integração social; Nobreza da terra.

Resumo

Este artigo pretende analisar as estratégias de coesão e integração social entre filhos secundogênitos de segmentos da fidalguia portuguesa no ultramar. Alheios ao benefício material familiar, em favor da prole primogênita, falamos de ramos que compuseram fluxos atlânticos em direção a diversas possessões do Império Ultramarino português, a fim da recomposição material e das possibilidades de mobilidade e inserção social – dadas, sobretudo, pelo serviço à monarquia. Nosso recorte é delimitado pela trajetória de um dos filhos segundos do morgadio reinol de Águas Belas entre os séculos XVII e XVIII. No Rio de Janeiro, capitania que viria a ser uma das mais importantes conquistas de Portugal no período considerado, os personagens analisados lograram relativo sucesso em suas estratégias de inserção social, estabelecendo alianças de prestígio e ocupando espaços responsáveis por garantir status e o poder na América Lusa.

Biografia do Autor

Eric Fagundes de Carvalho, Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS/UFRJ)

Doutorando em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS/UFRJ) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Mestre em História Social pelo mesmo Programa e instituição. Graduado e Licenciado em História pela UFRJ (IH-UFRJ). 

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Publicado

27-05-2022

Como Citar

DE CARVALHO, E. F. ’Fidalgos’ da Casa Real, tramas ultramarinas: o caso dos filhos de Águas Belas em uma conquista americana de Antigo Regime (Rio de Janeiro, séculos XVII e XVIII). Tempos Históricos, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 70–102, 2022. DOI: 10.36449/rth.v26i1.26431. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/26431. Acesso em: 28 mar. 2024.

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Artigos