@article{De Souza_Otto_2020, place={Cascavel}, title={Ex-pajé: cultura do povo indígena Paiter Suruí ameaçada e a memória como resistência}, volume={14}, url={https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/23662}, DOI={10.48075/rt.v14i2.23662}, abstractNote={<p>Esta resenha apresenta o documentário-ficção <em>Ex-Pajé</em> (2018), dirigido pelo cineasta Luiz Bolognesi, que<em> </em>aborda a história recente do povo indígena Paiter Suruí, situado na fronteira entre os estados de Mato Grosso e Rondônia (Brasil). A narrativa se desenvolve sob o ponto de vista de Perpera Suruí, antigo pajé que foi destituído da função depois que a religião evangélica impactou as crenças tradicionais dos Paiter Suruí. Por meio de um trabalho de memória e de encenações realizadas pelo ex-pajé, amigos e familiares, o referido documentário mostra os impactos que a indústria madeireira, o agronegócio, e a doutrinação evangélica vêm causando entre os Paiter Suruí desde o primeiro contato com os brancos, em 1969, até os dias atuais. O foco se concentra, sobretudo, nos impactos culturais causados nesse povo pelos brancos, que vão desde a demonização de suas práticas religiosas até a busca em apagar sua tradição e memória, transmitidas, oralmente, no convívio entre as gerações. Em uma primeira compreensão visual, <em>Ex-Pajé </em>pode levar o espectador a entender que no contexto retratado o que sobra são restos, resíduos da cultura e da memória dos Paiter Suruí. Contudo, tal narrativa também pode ser analisada sob a ótica da resistência, verificável, entre outros indícios, no trabalho de memória pelos Paiter Suruí e na criação de suas encenações, que se tornam uma forma de denúncia.</p>}, number={2}, journal={Travessias}, author={De Souza, Diogo Matheus and Otto, Claricia}, year={2020}, month={ago.}, pages={e23662} }