TY - JOUR AU - Pereira, Tamires Rodrigues AU - Bronzatto, Maurício AU - Camargo, Ricardo Leite PY - 2016/09/02 Y2 - 2024/03/29 TI - O trabalho com os conflitos interpessoais na escola na perspectiva construtivista JF - Travessias JA - Trav. VL - 10 IS - 3 SE - EDUCAÇÃO DO - UR - https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/14770 SP - e14770 AB - <p>Convivendo cotidianamente com situações de desrespeito e incivilidades, os educadores, quase sempre exauridos, indagam-se sobre o que fazer. Enquanto isso, nas instituições que se encarregam da formação desses profissionais, pouco tempo é destinado ao conhecimento de como crianças e adolescentes desenvolvem-se moralmente e, portanto, de como constroem entre si regras de uma boa convivência. Partindo dessas inquietações e julgando que a escola tem um importante papel a cumprir na formação moral das novas gerações, propomos este artigo, cujo objetivo é apresentar, de um lado, o modo como os educadores em geral lidam com os conflitos interpessoais no cotidiano escolar e, de outro, a perspectiva construtivista de trabalho com esses conflitos. Mostraremos que os professores, na grande maioria, não consideram como uma de suas funções auxiliar seus alunos a conviverem melhor; os conflitos são vistos como negativos e antinaturais, portanto precisam ser contidos ou evitados; o enfoque está na resolução, muitas vezes por meio da coerção, e não no processo pelo qual se aprendem regras e valores e se adquirem formas mais respeitosas de convívio. Utilizam-se, assim, procedimentos que funcionam temporariamente, mas não educam para a autonomia. Procuraremos, também, reconhecer a influência do ambiente escolar na maneira como os alunos se relacionam e lidam com seus conflitos. Assim, este artigo fornece subsídios ao trabalho do professor que, embora mencione frequentemente em seus objetivos educacionais a formação de alunos mais autônomos, demonstra, em sua prática, desconhecer os procedimentos da educação moral que poderiam ajudá-lo nesse propósito.</p> ER -