Mulher invisível: ausência de sertanejas na historiografia brasileira tradicional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v14i3.25118
Agências de fomento

Palavras-chave:

Mulheres, Historiografia, Sertanejas.

Resumo

Esse texto versa sobre a ausência ou pouca notoriedade de mulheres na historiografia tradicional brasileira. Ao mesmo tempo, traz discussões acerca de algumas inserções importantes de mulheres na nova historiografia, a partir da década de 1970. Há também a exposição da ausência de sertanejas entre as produções dos historiadores clássicos e, ao mesmo tempo, faz-se uma apresentação de pesquisas recentes sobre as sertanejas de diversas partes do Nordeste, buscando contemplar personagens outrora invisibilizadas e negligenciadas pela história tradicional do Brasil. A discussão teórica é amparada em estudos da crítica historiográfica, história, história das mulheres e estudos culturais. O formato de apresentação do texto é um itinerário, que começa com a apresentação do assunto e segue, não de modo linear, mas com idas e vindas no acervo de teóricos, comparando-os e apresentando reflexões em torno de suas produções para, em seguida, fazer uma inserção em produções de autores que trazem sertanejas como protagonistas de suas pesquisas, reiterando a importância de se documentar sobre outras histórias de diferentes personagens. A intenção é denunciar a parcialidade da historiografia tradicional brasileira e, ao mesmo tempo, oferecer possibilidades de contar novas histórias a partir de outros pontos de vista, como o de sertanejas. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica, voltada para a presença/ausência de mulheres em geral e de sertanejas nas páginas de autores da historiografia brasileira. Por fim, é reforçada a importância de se evidenciar e valorizar novos olhares sobre a historiografia, que favoreçam a diversidade de personagens.

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Biografia do Autor

Ivânia Nunes Machado Rocha, Universidade Federal de Sergipe Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães - Irecê

Doutoranda em Estudos Literários pela UFS. Mestra em Crítica Cultural pela Uneb - Campus II - Alagoinhas/BA. Concluiu estudos de Pós-graduação do Curso de Especialização em Metodologia da Língua Portuguesa e Literaturas pela Uneb/BA. Possui graduação em PEDAGOGIA e LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS, pela Universidade do Estado da Bahia (2001 e 2011, respectivamente) e especialização em GESTÃO ESCOLAR e METODOLOGIA DO ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA E LITERATURAS. Atualmente é professora do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães e foi supervisora do Programa institucional de bolsa de iniciação à docência - Pibid/Uneb,vinculado à Prograd/Capes/Cnpq/Iat recentemente. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Administração de Unidades Educativas e ensino de Língua Portuguesa e Inglês.

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Publicado

30-12-2020

Como Citar

ROCHA, I. N. M. Mulher invisível: ausência de sertanejas na historiografia brasileira tradicional. Travessias, Cascavel, v. 14, n. 3, p. e25118, 2020. DOI: 10.48075/rt.v14i3.25118. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/25118. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

LINGUAGEM