A condição exílica e a subversão das fronteiras simbólicas
Eva Luna de Isabel Allende
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v9i1.26781Palavras-chave:
Fronteiras Simbólicas, Literatura de Resistência, Mulheres.Resumo
Este artigo objetiva compreender a influência da condição exílica para a construção identitária subversiva da protagonista-narradora de Eva Luna (2014) de Isabel Allende, que rompe com os padrões comportamentais designados às mulheres nas sociedades patriarcais. Para tal fim, primeiramente apontou-se para as fronteiras simbólicas impostas a fim de perpetuar a dominação masculina, mais especificamente no Chile. Em seguida, encaminhou-se o olhar para a fronteira entre o espaço público e privado, que restringiu as mulheres ao confinamento doméstico durante séculos e, em consequência, as submeteu à diversas outras limitações. Para isso, as perspectivas do sociólogo Pierre Bourdieu (1998) e da socióloga chilena Julieta Kirkwood (1983) foram essenciais. Com fundamento no reconhecimento das demarcações de espaços diferenciados para desenvolvimento dos papéis sociais opostos entre os sexos e a divisão hierárquica que as restringe às características menos relevantes, parte-se para a análise da condição exílica na personagem Eva Luna. Compreende-se condição exílica como a sensação de estar fora do lugar, ou invadindo o território do Outro. Por fim, observou-se que os constantes deslocamentos realizados pela personagem, a partir da orfandade aos seis anos de idade, surtem efeitos subversivos sob sua identidade enquanto mulher.Downloads
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