A cultura é o homem
a masculinidade da modernidade em Georg Simmel
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v10i1.28717Resumo
A investigação sobre a produção de conhecimento é perpassada por debates e tensões desde que a ciência se estabeleceu. Uma das formas mais relevantes dessa análise ocorre através da crítica feminista, onde se produz uma extensa crítica ao sujeito universal masculino, em especial nas discussões que versam sobre a constituição dos cânones. Diversas autoras demonstram que muito se perde ao entender o sujeito como universalmente masculino. No que se refere a essa discussão na Teoria Social, Georg Simmel é um dos intelectuais clássicos com uma produção fundamental sobre cultura e modernidade, mas que apresenta movimentos contraditórios ao teorizar sobre as mulheres. À vista disso, o objetivo deste artigo é analisar como se deu a reflexão de Simmel frente à “questão da mulher”. Foi observado que, para Simmel, há um monopólio masculino da cultura objetiva, visto que o autor aponta que a “natureza feminina” se opõe à cultura, o que omite as mulheres enquanto sujeitos construtores do mundo social. Ao argumentar que “o homem” produz cultura, Simmel não o faz em uma definição universal de humanidade. “O homem” na teoria simmeliana significa fundamentalmente o sujeito masculino e a “natureza feminina” não é percebida como adequada para a produção de cultura.
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