Masterman e a análise do conceito kuhniano de paradigma
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v12i3.33086Palavras-chave:
Paradigma, Natureza da ciência, Thomas Kuhn, Margaret MastermanResumo
O presente artigo pretende analisar e investigar as interpretações de Margaret Masterman sobre a noção de paradigma em Thomas Kuhn durante a década de 60, período onde o conceito emergiu e ganhou certa popularidade dentre as discussões em filosofia da ciência. A necessidade de atenção ao conceito se deve às confusões que surgiram pelas múltiplas formas como Kuhn utiliza o termo nas suas descrições acerca da natureza da ciência durante A Estrutura das Revoluções Científicas (1962). Masterman, em A natureza de um paradigma (1965), indica várias situações nas quais os diferentes usos do termo puderam ser reunidos em três perspectivas: paradigmas metafísicos, paradigmas sociológicos e paradigmas de artefato. Essas identificações buscam relacionar os usos do termo “paradigma” durante A Estrutura das Revoluções Científicas, procurando um melhor entendimento da noção que Kuhn desenvolve, visto que as suas mais de vinte referências distintas geraram problemas para o autor acerca do que significava o termo paradigma, quais eram as intenções do uso no contexto e pensamento de Kuhn e como entendê-lo como necessário para a maturidade do conhecimento. Busca-se entender as interpretações de Masterman e relacioná-las com dois textos posteriores onde Kuhn desdobrou e tentou resolver os problemas criados pelo uso de seu termo em circunstâncias distintas. Nestes textos, as próprias divisões que Kuhn utiliza para esclarecer o conceito de paradigma podem ser relacionadas em alguns aspectos com as descrições que Masterman utilizou, como aspectos epistemológicos, sociológicos e metafísicos. Os textos de referência para os esclarecimentos de Kuhn são seu Posfácio (1969) e Reconsiderações acerca dos paradigmas (1974). Investiga-se a possibilidade de Masterman ter motivado alguns esclarecimentos que Kuhn realizou nessas obras, visto a sua compreensão sobre a ciência normal, o principal papel do conceito de paradigma, a saber, a resolução de quebra-cabeças e o uso análogo do paradigma, ou seja, a utilização da realização concreta como base para um modo de ver.
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