Bergson e o retorno à experiência
raison élargie e devir poético negro
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v12i2.33207Palavras-chave:
Bergson, Merleau-Ponty, Senghor, Experiência, Devir, Negritude, VidaResumo
A presente pesquisa realiza dois movimentos teóricos: o primeiro, reconstrói a noção bergsoniana de retorno à experiência; o segundo, mostra como aquele solo temático tornou-se basilar às intersecções com as filosofias de Merleau-Ponty e de Leopold Sédar Senghor. Este último, em especial, nos fornece o sentido de devir poético negro, desde a base vitalista bergsoniana, o que torna possível pensarmos a reconstituição de uma ontologia pré-colonial. Essa imbricação teórica leva a requerer, por meio do exercício de alargamento da razão - raison élargie -, a descolonização da experiência, isto é, o retorno ao originário. Assim, “a tese de minha tese” afirma a existência de um devir poético negro que se atualiza via experiências afrodiaspóricas e que dá ânimo à construção de um novo humanismo. Quer dizer, o sentido de retorno à experiência, a partir de Bergson, nos remete a um território ancestral, anterior aos domínios da razão que inibe qualquer tentativa de mobilidade. Ora, a atualização do vivido, das experiências múltiplas emergidas do âmbito da memória, reclama uma linguagem outra, que perpasse o campo do puro conceito e da estaticidade, para traduzir o movimento de pulsação, portanto, de devir. Nesse sentido, pensamos, à luz da obra de Senghor, a constituição de um novo modelo de universalismo, agora forjado pelo encontro e pela troca das experiências, e convertido em um humanismo híbrido.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Alamedas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.