Economización del ambiente en el ordenamiento territorial de los bosques nativos de Argentina: La emergencia de un Estado ordenador neoliberal

Resumo

Resumen

El propósito de este artículo es caracterizar el instrumento ambiental de ordenamiento territorial de bosques nativos que rige en Argentina y en la provincia de Córdoba, en especial en lo que refiere al tipo de racionalidad que informa. Concebimos que en la configuración de los debates legislativos y la legislación que regula este mecanismo emerge lo que podemos identificar como una racionalidad política neoliberal. Así, nuestra propuesta de análisis de discurso de base foucaultiana, se sitúa entre los años 2006 y 2017 y recoge las discusiones relacionadas con el tratamiento legislativo nacional que va de 2006 a 2009, y con el mapeo cordobés que consta de dos instancias: el periodo 2008-2010 cuando se sanciona una ley y un mapa de ordenamiento territorial y el proceso de actualización inconcluso que se gesta entre 2016 y 2017. El análisis parte de conceptualizar al neoliberalismo como un orden de razón normativa que implica un proceso de larga data de economización de los bienes comunes, así como de las propias leyes y políticas gubernamentales sobre ambiente. Más específicamente, en el artículo nos enfocamos en el estudio de los enunciados de la sustentabilidad y el aprovechamiento sustentable y rastreamos sus usos estratégicos y circulación en dos discursos enfrentados en el debate parlamentario: el discurso productivista y el ambientalista. También realizamos una lectura de los textos normativos y el esquema de ordenamiento territorial resultante, a partir de lo cual observamos la primacía de una noción de sustentabilidad asociada con la planificación racional, la eficiencia y la armonización entre protección y producción. Uno de los aportes más significativos de este escrito es que reflexiona sobre el papel del derecho y el Estado en la gubernamentalidad neoliberal, por medio del concepto de Estado ordenador.

Palabras clave: Ordenamiento territorial de los bosques nativos; Racionalidad neoliberal; Sustentabilidad; Economización del ambiente; Estado ordenador.

Economização do meio ambiente no ordenamento territorial das florestas nativas na Argentina: A emergência de um Estado ordenador neoliberal

Resumo

O objetivo deste artigo é caracterizar o instrumento ambiental de ordenamento territorial das florestas nativas vigente na Argentina e na província de Córdoba, especialmente no que se refere ao tipo de racionalidade que informa. Concebemos que na configuração dos debates legislativos e da legislação que regula este mecanismo emerge o que podemos identificar como uma racionalidade política neoliberal. Assim, nossa proposta de análise do discurso de base foucaultiana, situa-se entre os anos de 2006 e 2017. Por um lado, contempla as discussões relativas ao tratamento legislativo nacional que vai de 2006 a 2009, e por outro lado, o mapeamento de Córdoba que consiste em duas instâncias: o período 2008-2010 quando uma lei e um mapa de ordenamento territorial são sancionados e o processo de atualização inacabado ocorrido entre 2016 e 2017. A análise parte de conceituar o neoliberalismo como uma ordem da razão normativa que implica um longo processo de economia de bens comuns, assim como das leis e políticas governamentais sobre o meio ambiente. Mais especificamente, no artigo focamos no estudo dos enunciados de sustentabilidade e uso sustentável e rastreamos seus usos estratégicos e circulação em dois discursos conflitantes no debate parlamentar: o discurso produtivista e ambiental. Realizamos também uma leitura dos textos normativos e do consequente ordenamento territorial, de onde observamos a primazia de uma noção de sustentabilidade associada ao planejamento racional, eficiência e harmonização entre proteção e produção. Uma das contribuições mais significativas deste escrito é que reflete sobre o papel do direito e do Estado na governamentalidade neoliberal, através do conceito de Estado ordenador.

Palavras-chave: Ordenamento territorial de florestas nativas; Racionalidade neoliberal; Sustentabilidade; Economização do meio ambiente; Estado ordenador.

Economization of the environment in the territorial ordering of native forests in Argentina: The emergence of a neoliberal ordering State

Abstract

 The purpose of this article is to characterize the environmental instrument of territorial ordering of native forests that governs Argentina and the province of Córdoba, especially in what refers to the type of rationality that informs. We believe that in the configuration of the legislative debates and the legislation that regulates this mechanism emerges what we can identify as a neoliberal political rationality. Thus, our Foucauldian-based discourse analysis proposal, it is located between the years 2006 and 2017 and includes the discussions related to the national legislative treatment that goes from 2006 to 2009, and to the Cordoba mapping that consists of two instances: the period 2008-2010 when a law and a territorial ordering map are sanctioned and the unfinished update process that took place between 2016 and 2017. The analysis starts from conceptualizing neoliberalism as an order of normative reason that implies a long-standing process of economizing common goods, as well as of the laws and government policies on the environment. More specifically, in the article we focus on the study of the statements of sustainability and sustainable use and we track its strategic uses and circulation in two conflicting discourses in the parliamentary debate: the productivist and environmental discourse. We also carry out a reading of the normative texts and the resulting territorial ordering scheme, from which we observe the primacy of a notion of sustainability associated with rational planning, efficiency and harmonization between protection and production. One of the most significant contributions of this writing is that it reflects on the role of law and the State in neoliberal governmentality, through the concept of ordering State.

Keywords: Territorial ordering of native forests; Neoliberal rationality; Sustainability; Economization of the environment; Ordering State.