A genealogia intersubjetiva da responsabilidade: sensibilidade como locus da epifania em Emmanuel Levinas
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v2i1.14638Resumo
O presente ensaio consiste numa breve exegese genealógica da responsabilidade – princípio da heteronomia em que se arraiga a doação ética de sentido – no pensamento filosófico de Emmanuel Levinas. A partir da radicalização da sensibilidade entabulada pelo fenomenólogo francolituano, propomo-nos a demonstrar, inicialmente, a estratificação da subjetividade em Totalidade e Infinito (1961), contemplando seus momentos basilares e distintivos desde o registro pré-objetivo da fruição: a personificação na hipóstase, o envolvimento nas ocupações da existência econômica e, subsequentemente, a relação face a face; encontro com a infinitude enigmática do Outro, que confere ao sujeito uma investidura responsável. Dessa feita, encaminhamo-nos para o assentamento definitivo da subjetividade que, em Outramente que Ser ou Mais-Além da Essência (1974), se verte na própria responsabilidade; imbricada à proximidade e à substituição, dá-se como vulnerabilidade afetiva e experiência imediata da transcendência. Tendo exposto o norte investigativo e as modalizações da subjetividade com vistas à sua concreção como responsabilidade intransponível e inalienável pelo Outro, apontamos para o estatuto originário da sensibilidade na ética metafenomenológica levinasiana. Em oposição à ilogicidade e à minoridade outorgadas pela tradição filosófica ocidental, a sensibilidade emerge aí como condição de possibilidade da eticidade e horizonte genético de toda a significação.Downloads
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