A clínica terapêutica na abordagem fenomenológico-existencial
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v6i1.25081Resumo
Esta produção tem como objetivo dispor a base epistemológica e filosófica da clínica fenomenológico-existencial, e perscrutar como ela reverbera na prática e atitude psicoterápica. A vertente fenomenológico-existencial surgiu como síntese da metodologia fenomenológica, construída por Edmund Husserl, com a linha de pensamento e filosofia mais ampla chamada existencialismo, que abarca pensadores como Kierkegaard, Heidegger e Sartre. Em 1958, Ludwig Binswanger, num texto sobre a escola de pensamento analítico-existencial, sintetiza a Daseinsanalyse (análise existencial) como um método de pesquisa fenomenológico psiquiátrico, expressando a conexão entre o pensamento existencialista e a metodologia fenomenológica, e clarificando uma origem para a vertente fenomenológico-existencial (GOMES&CASTRO, 2010). Esta teorização propôs uma nova conceituação de homem e de subjetividade que abarca a dupla constituição de homem, o homem como constante fazer-se em relação ao mundo. O homem é entendido, então, como liberdade, como abrir-se ao mundo, como vazio a ser preenchido, como possibilidade e como intenção, contrapondo as teorias e práticas tradicionais que tendiam a classificar, patologizar e engessar o homem. Esta nova conjectura do ser e do mundo foi acompanhada de uma nova prática clínica, uma prática que respeitaria e compreenderia o homem em sua integralidade. A operação da psicoterapia existencial busca, em suma, a autenticidade, através da apreensão, conscientização, e resignificação da própria condição humana.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.