Antonin Artaud: pour en finir avec le jugement de Dieu, e Artaud contra o juízo dos psiquiatras

Autores

  • Gilmar Henrique da Conceição
  • Ana Carolina Acom

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v2i1.14639
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Resumo

Neste artigo apresentaremos Artaud, cujo combate ‘para pôr fim ao julgamento de Deus’, se traduz também contra o juízo dos psiquiatras, mas não só a ele. Segundo Deleuze, Artaud queria acabar de vez com o universo do “juízo”, descobrir um novo continente. Será através de sua “escrita de sangue” e desenvolvimento do sistema da crueldade que Artaud inverte qualquer subjugo moral ou outras amarras que impeçam o pensamento de pensar. Conforme Artaud, o teatro da crueldade reflete as condições da sociedade e as suas mazelas, dentro de um panorama de total controle do corpo, as diferentes formas de repressão social expressas no corpo. Montaigne, um dos pioneiros a entender a crueldade como algo próprio do ser humano, argumenta que temos uma propensão para a crueldade. Assim, Montaigne chama atenção para o fato de que o prazer da crueldade é inerente às pessoas. Em Artaud, o teatro da crueldade, propõe mudanças na atuação, na estruturação das peças, bem como na relação do teatro com o público, buscando perturbar os repousos dos sentidos para trazer a revelação, a afirmação e – mediante golpes profundos – fazer vazar todos os abscessos coletivamente.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

DA CONCEIÇÃO, G. H.; ACOM, A. C. Antonin Artaud: pour en finir avec le jugement de Dieu, e Artaud contra o juízo dos psiquiatras. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 60–92, 2000. DOI: 10.48075/rd.v2i1.14639. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/14639. Acesso em: 4 nov. 2024.