O caráter ambivalente da πρώτη φιλοσοφία aristotélica e sua incidência na metafísica do ser-aí

Autores

  • João Evangelista Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v4i2.21311
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Resumo

O artigo pretende expor como a metafísica do ser-aí, enquanto período
turbulento do pensamento de Heidegger, no qual, além de buscar uma elucidação de teses
problemáticas de Ser e tempo, simultaneamente se realiza um diagnóstico da constituição
ontoteológica da metafísica tradicional que, de acordo com Heidegger, tem sua origem na
filosofia primeira de Aristóteles. O propósito da metafísica do ser-aí, no que tange à
bifurcação entre ontologia e teologia, presente na Metafísica de Aristóteles, será o de
unificar o ente em sua totalidade e o ente enquanto tal na finitude do ser-aí. Ou seja, a
metafísica passa a ser um evento que ocorre na finitude e transcendência, constitutivas do
ser-aí. Não obstante o colapso desse projeto, devido à permanência da linguagem da
metafísica, pressuposta na finitude do ser-aí, bem como na problemática do ente enquanto
tal e em sua totalidade, a constatação que Heidegger faz da origem e suposta solução dessa
ambivalência na filosofia primeira de Aristóteles é algo digno de nota, justamente porque foi
a impossibilidade de solucionar esse problema que motivou Heidegger a buscar alternativas
para pensar o ser a partir do ser mesmo, sem recorrer ao ente.

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Publicado

12-12-2018

Como Citar

FERNANDES, J. E. O caráter ambivalente da πρώτη φιλοσοφία aristotélica e sua incidência na metafísica do ser-aí. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 37–50, 2018. DOI: 10.48075/rd.v4i2.21311. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/21311. Acesso em: 20 abr. 2024.