A micropolítica deleuziana
linhas de fuga, desejo e resistência nas sociedades de controle
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v11i3.36095Palavras-chave:
Deleuze, Política, Micropolítica, Desejo, Sociedades de ControleResumo
Este artigo explora a micropolítica no pensamento de Gilles Deleuze, distanciandose das concepções tradicionais de filosofia política. A investigação central foca nas implicações políticas de conceitos-chave como o desejo enquanto produção, as máquinas desejantes, os
agenciamentos, o corpo sem órgãos e as sociedades de controle. O texto analisa como o desejo, em Deleuze e Guattari, é concebido como uma força produtiva que opera incessantemente, subvertendo a visão psicanalítica da falta e criticando o edipianismo como uma formação
ideológica que captura o desejo. Em seguida, aborda os agenciamentos como conexões heterogêneas que se opõem a noções de substância e sujeito, e o corpo sem órgãos como um plano de imanência para a liberação de intensidades. A transição das sociedades disciplinares
para as sociedades de controle é discutida, revelando como o poder opera por modulações e monitoramento contínuo, demandando novas formas de resistência baseadas em linhas de fuga e devires-minoritários. A influência de Spinoza e Nietzsche é destacada na construção de
uma filosofia da potência, enquanto a releitura de Marx por Deleuze e Guattari desvela a captura capitalista da produção desejante e a lógica da dívida infinita. Conclui-se que a política deleuziana é uma ontologia imanente, que se manifesta como uma ética-estética da criação
de novas formas de vida, valorizando a multiplicidade e a experimentação contra as forças de homogeneização e controle.
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