A formação de novas ações coletivas no campo secretarial: o caso do Comitê de Secretariado Executivo do Distrito Federal e as possíveis contribuições para a área
the case of the Comitê de Secretariado Executivo do Distrito Federal and possible contributions for the state of Amapá
DOI:
https://doi.org/10.48075/revex.v21i3.28636Palavras-chave:
Ações coletivas, Comitê, COMSECDF, SecretariadoResumo
Este artigo busca narrar o processo de formação de um Comitê na área de Secretariado no Distrito Federal e refletir sobre as contribuições desse tipo de formação coletiva em contexto de enfraquecimento sindical em geral. No que diz respeito ao pressuposto teórico central do trabalho, a formação das ações coletivas, citam-se autores como Olson (1999), Austin (2001), Nassar (2001), Nery Junior (2002), Wennignkamp et al. (2015) e Garré Filho (2018). Sobre os aspectos metodológicos, é um estudo de caso, de natureza qualitativa, pois se estudou o COMSECDF. Como principais resultados, foi possível entender que o processo de formação de um comitê é burocrático e que os desafios de sua criação esbarram na compreensão jurídica dessa natureza organizacional, na busca por pessoas interessadas e engajadas em fazer parte dele, do mesmo modo que a quantidade de pessoas necessárias para a sua formação e manutenção, por exemplo. No entanto, que as contribuições para os profissionais envolvidos, bem como para a profissão de Secretariado são muitas, a exemplo de apoio na gestão de carreira, no desenvolvimento profissional, na publicação de textos e na escrita científica. Por fim, tendo em vista os benefícios e incentivos no caso do COMSECDF, bem como a atual realidade do enfraquecimento sindical no Brasil, considera-se que um Comitê de Secretariado pode representar um importante movimento de reorganização da categoria no país.
ABSTRACT
This article seeks to narrate the process of formation of a Committee in the Secretarial area in the Federal District and reflect on the contributions of this type of collective formation in a context of union weakening in general. With regard to the central theoretical assumption of the paper, the formation of collective actions, authors such as Olson (1999), Austin (2001), Nassar (2001), Nery Junior (2002), Wennignkamp et al. (2015), and Garré Filho (2018) are cited. About the methodological aspects, it is a case study, of qualitative nature, since the COMSECDF was studied. As the main results, it was possible to understand that the process of setting up a committee is bureaucratic and that the challenges of its creation come up against the legal understanding of this organizational nature, the search for people interested and engaged in being part of it, just as the number of people needed for its formation and maintenance, for example. However, the contributions of the professionals involved, as well as for the secretarial profession, are many, such as support in career management, professional development, the publication of texts, and scientific writing. Finally, in view of the benefits and incentives in the case of the COMSECDF, as well as the current reality of union weakening in Brazil, it is considered that a Secretariat Committee may represent an important movement for the reorganization of the category in the country.
Referências
AUSTIN, J. E. Parcerias. São Paulo: Futura, 2001.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, LDA, 2011.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da União: Seção 1. Brasília-DF, 1943. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 04 mar. 2021.
BRITO, C. M. Towards an institutional theory of the dynamics of industrial networks.
Journal of Business & Industrial Marketing. v. 16, n. 3, p. 150-166, 2001.
CARLOS, E. Movimentos sociais e instituições participativas: efeitos do engajamento institucional nos padrões de ação coletiva. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 30, n. 88, p. 83-98, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.17666/308883-98/2015. Acesso em: 06 out. 2021.
COMITÊ DE SECRETARIADO EXECUTIVO DO DISTRITO FEDERAL. Regimento Interno. Disponível em: https://www.comitesecdf.com/estatuto. Acesso em 10 fev. 2020.
FOSSÁ, M. I. T. Proposição de um constructo para análise da cultura de devoção nas empresas familiares e visionárias. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2003.
FREITAS, H. M. R. de.; CUNHA JUNIOR, M. V. M. da.; MOSCAROLA, J. Aplicação de sistema de software para auxílio na análise de conteúdo. Revista de Administração da USP, v. 3, n. 32, p. 97-109, 1997.
KISIL, R. Projetos sociais em pauta: um roteiro de construção coletiva. São Paulo: Editora Senac, 2020.
KREIN, J. D. O desmonte dos direitos, as novas configurações do trabalho e o esvaziamento da ação coletiva: consequências da reforma trabalhista. Tempo Social [online], v. 30, n. 1, p. 77-104, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.138082. Acesso em: 30 set. 2021.
LEAL, M. F. M. Ações coletivas: história, teoria e prática. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1998.
MAEDA, M. Y.; SAES, M. S. M. A lógica da ação coletiva: a experiência do Condomínio Agrícola Leópolis. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 12, 2009. Anais [...]. São Paulo: ANPAD, 2009. p. 1-15.
MÉNARD, C. The economics of hybrid Organizations. Journal of Institutional and Theoretical Economics. v. 160, n. 3, p. 345-376, 2004.
NASSAR, A. M. Eficiência das associações de interesse privado nos agronegócios brasileiros. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Administração. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
NERY JUNIOR, N. Ação civil pública no processo do trabalho. In: MILARÉ, E. (Coord.). Ação civil Pública: lei 7.347/1985 – 15 anos. 2a. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. p. 599-622.
OLSON, M. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.
OSTROM, E. Collective Action and Local Development Processes. Sociológica, Fascicolo 3, nov.-dic., p. 1-32, 2007.
PINTO, J. A. R. Direito sindical e coletivo do trabalho. 2ª. Ed. São Paulo: LTr, 2002.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. [recurso eletrônico]. 2a. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
RAMÍREZ, E.; BERDEGUÉ, J. Acción coletiva y mejoras en las condiciones de vida de poblaciones rurales. Fundo Mink'a de Chorlaví. 2003. Disponível em: http://www.inca.gob.mx/biblioteca/libros/desarrollo_territorial/Folleto_ACCION%20COLECTIVA.pdf. Acesso em: 03 jan. 2021.
SACHS, I. Inclusão social pelo trabalho: desenvolvimento humano, trabalho descente e futuro dos empreendedores de pequeno porte. Rio de Janeiro: Garamond, 2003.
SAES, M. S. M. Estratégias de diferenciação e apropriação da quase-renda na agricultura: a produção de pequena escala. Tese (Livre Docência em Administração) – Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
SANDLER, T. Global Collective Action. University of Southern California: Cambridge, 2004.
SCHMIDT, C. M.; SAES, M. S. M. Ações coletivas: desenvolvimento para arranjos produtivos inseridos no contexto do agronegócio e turismo rural. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 46, 2008, Rio Branco. Anais [...]. Rio Branco: SOBER, 2008. p. 1-17.
SCHMIDT, C. M.; SANCHES, F. C.; CIELO, I. D.; WENNINGKAMP, K. R. A Cooperação científica dos membros de um grupo de pesquisa em secretariado à luz da teoria de redes. In: ENCONTRO NACIONAL ACADÊMICO DE SECRETARIADO EXECUTIVO, 6, 2019, Viçosa. Anais [...]. Viçosa: UFV/ABPSEC, 2019. p. 1-17.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Associação: Série empreendimentos coletivos. Brasília-DF: Sebrae, 2009.
WENNINGKAMP, K. R. Collective actions in agribusiness: an analysis of brazilian scientific production found in master and doctoral dissertations (1998-2012). Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento regional e do Agronegócio) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2015.
WENNINGKAMP, K. R. O profissional de Secretariado e o contexto da coletividade. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE SECRETARIADO, 8, 2016, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: UFSC/ABPSEC, 2016. p. 600-613.
WENNINGKAMP, K. R.; SCHMIDT, C. M.; CIELO, I. D.; SANCHES, F. C. A Associação Brasileira de Pesquisa em Secretariado (ABPSEC) à luz da teoria da ação coletiva. In: ENCONTRO NACIONAL ACADÊMICO DE SECRETARIADO EXECUTIVO, 4, 2015, Londrina. Anais [...]. Londrina: UEL/ABPSEC, 2015. p. 356-374.
ZYLBERSZTAJN, D. From contracts to networks: new directions in the study of governance of agro-food-energy networks. In: EUROPEAN FORUM ON SYSTEMS DYNAMICS AND INNOVATION IN FOOD NETWORKS, 4, 2010, Innsbruck-Igls. Anais […]. Innsbruck-Igls: College Station, 2010. p. 1-26.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Expectativa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.