CAPITAL SOCIAL EM SANTA CATARINA: O caso dos fóruns de desenvolvimento regional e um preâmbulo à sociologia da história econômica catarinense

Autores

  • Walter Marcos Knaesel Birkner
  • Marcos Antonio Mattedi

DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v12i1.1814

Palavras-chave:

Capital social, Santa Catarina, História econômica.

Resumo

Trata-se de resenha do livro Capital social em Santa Catarina: o caso dos Fóruns de Desenvolvimento Regional (EdiFurb, 2006), onde o autor procura analisar o movimento de descentralização política ocorrido no estado catarinense através da emergência dos mencionados Fóruns, interpretados sob a ótica do neo-institucionalismo, cujo principal pressuposto politológico reside na perspectiva de demonstrar os efeitos dos arranjos políticos. Não obstante, trata-se de demonstrar a identificação desse processo com a idéia-força do capital social e suas possibilidades de manifestação. Nessa direção, o livro apresenta os objetivos e os principais atores dos Fóruns, apontando dificuldades, potencialidades e virtudes do processo. E, para os efeitos desta resenha, há um aspecto histórico-econômico a ressaltar, qual seja, o de demonstrar que o capital social é um fenômeno presente na constituição sócio-econômica do estado, sendo fator explicativo do assim denominado “modelo catarinense de desenvolvimento”, ao lado de fatores como o planejamento e o propalado empreendedorismo do empresário de origem européia. E, na tentativa de tornar o argumento mais ilustrativo, há uma estratégica recorrência ao trabalho da historiadora Maria Luiza Renaux Hering, que publicou em 1987 um livro resultante de sua tese de doutorado, intitulado: Colonização e indústria no Vale do Itajaí: o modelo catarinense de desenvolvimento (Edifurb). Ali, a autora procura evidenciar que o desenvolvimento da economia catarinense pode ser compreendido do ponto de vista do empreendedorismo schumpeteriano que ela identifica com facilidades no empresário local. Não obstante, embora não seja seu objetivo, a autora fornece pistas elucidativas acerca da presença do capital social. Por meio de sua demonstração de que os empreendimentos foram, em todos os casos, intermediados por fatores como a confiança interpessoal e a cooperação, a própria idéia do self made man torna-se vulnerável, já que o caráter coletivo dos empreendimentos é invariável nos exemplos oferecidos pela autora. Deste modo, o presente trabalho sugere uma revisão da história econômica catarinense, que aceite as contribuições da idéia norteadora do capital social e, de sobra, faça perceber certa aproximação entre a economia e a sociologia.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

KNAESEL BIRKNER, W. M.; MATTEDI, M. A. CAPITAL SOCIAL EM SANTA CATARINA: O caso dos fóruns de desenvolvimento regional e um preâmbulo à sociologia da história econômica catarinense. Informe GEPEC, [S. l.], v. 12, n. 1, 2000. DOI: 10.48075/igepec.v12i1.1814. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/1814. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Resenhas