O DISTRITO INDUSTRIAL COMO AGENTE DA INOVAÇÃO NA PERSPECTIVA DA HÉLICE QUÁDRUPLA /The industrial district as agent of innovation from the perspective of the quadruple helix

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v26i1.26813
Agências de fomento

Palavras-chave:

Desenvolvimento Regional, Indústria 4.0, Hélice Quádrupla.

Resumo

O presente artigo teve como objetivo analisar o Distrito Industrial Felipe Streich de Santa Rosa – RS, seu papel no desenvolvimento e as formas de relacionamento entre os atores que o compõe, proporcionando a inovação, incluindo a abordagem da Quádrupla Hélice. Classifica-se como pesquisa aplicada, de campo, pesquisa qualitativa e descritiva. Como resultados, constatou-se que o distrito gera economia externa ao promover especializações nos serviços ofertados pelas empresas, também participa do desenvolvimento da cidade de Santa Rosa – RS ao gerar retornos econômicos e sociais.  Percebeu-se falta de envolvimento conjunto dos atores. Este estudo contribui ao evidenciar a necessidade dos empresários em inovarem no processo produtivo de suas organizações, implantando elementos da indústria 4.0 e de que para isso devem ampliar a interação entre os atores. Este trabalho comprova os estudos que afirmam que universidades promovem inovações nas empresas, com suporte do governo e da comunidade, proporcionando o desenvolvimento local e regional.

ABSTRACT: This paper aimed to analyze the Felipe Streich Industrial District of Santa Rosa - RS, in Brazil, its role in development and the forms of relationship between the actors that compose it, providing innovation, including the approach of Quádrupla Hélice. It is classified as applied research, field research, qualitative and descriptive research. As a result, it was found that the district generates external economy by promoting specialization in the services offered by companies, it also participates in the development of the city of Santa Rosa - RS by generating economic and social returns.  A lack of joint involvement of the actors was noticed. This study contributes by highlighting the need for entrepreneurs to innovate in the productive process of their organizations, implementing elements of industry 4.0 and that for this they must expand the interaction between actors. This work proves the studies that state that universities promote innovations in companies, with support from the government and the community, providing local and regional development.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivete Aparecida Patias, UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ

Doutoranda em Desenvolvimento Regional na UNIJUÍ

Docente do Instituto Federal Farroupilha

Daniel Knebel Baggio, UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ

DOUTOR em Contabilidade e Finanças - Universidad de Zaragoza (2012) revalidado pela Universidade de São Paulo (USP-2013) em Controladoria e Contabilidade.

Docente da UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ, do DOUTORADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Maria Margarete Baccin Brizolla, UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ

 Doutora em Ciências Contábeis e Administração pela FURB/SC (2016) e Pós Doutorado em Contabilidade na UFSC/SC (2018).

Docente da UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ, do DOUTORADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL.

Referências

AMARAL FILHO, J. A Endogeneização No Desenvolvimento Econômico Regional E Local. Planejamento e Políticas Públicas (IPEA), v. 23, p. 261–286, 2001.

ARAUJO, V. LOPES, A.L.C. Análise Comparativa dos Clusters de Empresas de Tecnologia da Informação de São Paulo, Campinas e Recife. Redes, Santa Cruz do Sul, v. 24, n. 2, p. 233-251, maio-agosto, 2019.

AUDY, J. L. N. A inovação, o desenvolvimento e o papel da Universidade. Estudos Avançados, v.31 n.90, p.75-87, 2017. Disponível em < http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/137885/133471>. Acesso em 11/04/2020.

BANDEIRA, M.L.; GUEDES, C.A.M.; LÓPEZ-PARRA, M.F. Development and territory: potentialities of the Yachay city of knowledge in Ecuador. R. Bras. Planej. Desenv., Curitiba, v. 7, n. 4, p. 495-515, set./dez. 2018.

BENCKE, F.F.; DORION, E.; OLEA, P.; PRODANOVA, C.; LAZZAROTTI, F.; ROLDAN, L. A tríplice hélice e a construção de ambientes de inovação. O Caso da incubadora tecnológica de Luzerena/SC. Desenvolvimento em Questão. Editora Unijuí. Ano 16, n. 43, abr./jun. 2018.

BOITO, F.; MAIA, C.M. Atuação dos atores não estatais consequências e responsabilidades diante a obsolescência tecnológica programada na região oeste de Santa Catarina. IGepec, Toledo, v. 24, n.1, p. 136-150, jan./jun. 2020.

CARAYANNIS, E. G.; CAMPBELL, D.F.J. ‘Mode 3’ and ‘Quadruple Helix’: toward a 21st century fractal innovation ecosystem. International Journal of Technology Management. v. 46, nº. 3-4, p. 201-234, 2009.

CARAYANNIS, E. G.; CAMPBELL, D. F. J. Mode 3 knowledge production: quadruple helix innovation systems 21st-century democracy, innovation, and entrepreneurship for development. Heidelberg: Springer, 2012.

CARAYANNIS, E. G. THORSTEN, B. D. CAMPBELL, D. F.J. The Quintuple Helix innovation model: global warming as a challenge and driver for innovation. Journal of Innovation and Entrepreneurship. Springer: 2012. Disponível em: https://innovation-entrepreneurship.springeropen.com/articles/10.1186/2192-5372-1-2. Acesso: 09 jan. 2020.

CARDOSO, M.G.; AMBONI, N.; LAGEMANN, G. V.; ANDRADE, R. O. Fatores facilitadores e restritivos à cooperação universidade e empresa: o caso UDESC. Desenvolvimento em Questão. Editora Unijuí. Ano 16, n. 45, out./dez. 2018

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Glossário de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais. Sebrae, 2003.

CHIBÁS, F.; PANTALEÓN, E.; ROCHA, T. Gestão da Inovação e da Criatividade hoje: Apontes e Reflexões/Management of inovation and creativity today: Reflections. HOLOS, v. 29, n. 3, p. 15–26, 2012.

ETZKOWITZ, H. Enterprises from Science: The Origins of Science-based Regional Economic Development. Minerva, vol. 31, n. 3, pp. 326-360, 1993.

ETZKOWITZ, H. Hélice Tríplice: metáfora dos anos 90 descreve bem o mais sustentável modelo de sistema de inovação. Revista Conhecimento e Inovação, Campinas, v. 6, n. 1, 2010. Entrevista concedida a Luciano Valente.

ETZKOWITZ, H.; MELLO, J. M. C.; ALMEIDA, M. Towards “meta innovation” in Brazil: The evolution of the incubator and the emergence of a triple helix. Research Policy, n. 34, p. 411-424, 2005.

ETZKOWITZ, H.; ZHOU, C. Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, v. 31, n. 90, p. 23-48, 2017.

FAGERBERG, J. Innovation: A guide to the literature. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D. C.; NELSON, R. R. (Ed.). The Oxford Handbook of Innovation. New York: Oxford University Press Inc., 2005.

FONSECA, R. Inovação tecnológica e o papel do governo. Revista Parcerias Estratégicas, Brasília, n. 13, p. 64-79, dezembro 2001.

GALVÃO, O.J.A. 'Clusters' e Distritos Industriais: Estudos de casos em países selecionados e implicação de política. Planejamento e Políticas Públicas, n.21, 2000.

GARCIA, R. Economias externas e vantagens competitivas dos produtores em sistemas locais de produção: as visões de Marshall, Krugman e Porter. Ensaios FEE, 2006.

GAROFOLI, G. Les systèmes de petites entreprises: un cas paradigmatique de développement endogène. In: BENKO, G.; LIPIETZ, A. (Orgs.). Les régions qui gagnent. Paris, 1992.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GOMES, M. A S.; PEREIRA, F. E. C. Hélice Tríplice: um ensaio teórico sobre a relação universidade-empresa-governo em busca da inovação. p. 136–155, 2015.

GRESSLER, L. A. Introdução à pesquisa: projetos e relatórios. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.

GRIZENDI, E. (2011). Manual de orientações gerais sobre inovação. [Brasília, DF]: Ministério das Relações Exteriores. Departamento de Promoção Comercial e Investimentos. Divisão de Programas de Promoção Comercial. Disponível em: http:// http://www.creativante.com.br/download/MANUALDAINOVACAO.pdf. Acesso em: 17 jan. 2020.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2018. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/santa-rosa/panorama>. Acesso em: 25/01/2021.

KRUGMAN, P. Development, geography and economic theory. Massachusetts: M.I.T., 1998.

LEITE, E.D. Análisis de la transmisión del conocimiento entre los operarios del distrito industrial: un estudio comparativo entre Brasil y España. 2019. Tese (Doutorado em Administração) - Universitat Jaume I e Universidade de Brasília. Castelló de la Plana, 2019.

MAILLAT, D. From the industrial district to the innovative milieu: Contribution to na analysis of territorialized productive organizations. Recherches Economiques de Louvain, 64(1), pp. 111-129. 1998.

MALHEIRO, Manuel L.M. A problemática da inovação territorial. 2013. Dissertação (Mestrado em Economia e Políticas Públicas) – Instituto Universitário Lisboa, Portugal, 2013.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 7. ed. 6.reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.

MINAYO, M. C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 26. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

MONTILHA, H. F. D. Proposta de consolidação do Ecossistema de Inovação Da Região do Baixo Acre : Percurso histórico e novos cenários para a inovação e desenvolvimento sustentável. 2018. Dissertação. (Mestrado em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação). Universidade de Brasília. Brasília. 2018.

MOULAERT, Frank.; SEKIA, Farid. Territorial Innovation Models: A Critical Survey. Regional Studies. 37:3, 289-302, 2010.

OLIVEIRA, M.R.; TANSKI, N.; RAUSKI, E.; PANUCCI-FILHO, L. Perfil das estratégias de inovação das empresas do setor alimentício: Um estudo amostral no município de Ponta Grossa/PR. R. Bras. Planej. Desenv., Curitiba, v. 5, n. 1, p. 49-66, jan./abr. 2016.

POLANYI, K. The great transformation: the political and economic origins of our time. New York: Farrar & Rinehart, 1944.

PYKE, F.; BECATTINI, G.; SENGENBERGER, W. Industrial districts and inter-firms cooperation in Italy. Geneve: International Institute for Labor and Studies, 1990.

SANTOS, E.F.; BENNEWORTH P. Interação Universidade-Empresa: características identificadas na literatura e a colaboração regional da Universidade de Twente. RASI, Volta Redonda/RJ, v. 5, n. 2, pp. 115-143, mai./ago. 2019.

SANTOS, J.A.; PARRA FILHO, D. Metodologia científica. 2.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

SENGENBERGER, W.; PYKE, F. (Eds.) Industrial Districts and Local Economic Regeneration. International Labour Institute for Labour Studies, ILO, Geneva. 1992.

SENGENBERGER W. (Ed.) The Re-Emergence of Small Enterprises - Industrial Restructuring in Industrialised Countries. Institute for Labour Studies, ILO, Geneva. 1990.

SIMMME-RS. Polo Metal Mecânico de Santa Rosa. 2019. 20 slides.

SIQUEIRA, S.S. A importância dos arranjos produtivos locais para o desenvolvimento local: o caso da aglomeração produtiva apícola no município de Picos - Piauí. 2010.Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Estadual Paulista. Rio Claro. 2010.

SUNAKOZAWA, L.F.J. Ambiente de inovação, parque tecnológico e desenvolvimento territorial em Mato Grosso do Sul: Potencialidades, desafios e convergências de um processo em construção na UCDB. 2018. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Local) - Universidade Católica Dom Bosco. Campo Grande. 2018.

VALE, G. M. V.; CASTRO, J. M. Clusters , Arranjos Produtivos Locais , Distritos Industriais : Reflexões sobre Aglomerações Produtivas Clusters , Local Productive and Innovative Systems , Industrial Districts : Foundations of Regional Aglomeration Studies. Análise Econômica, v. 53, p. 81–97, 2010.

Downloads

Publicado

09-02-2022

Como Citar

PATIAS, I. A.; BAGGIO, D. K.; BRIZOLLA, M. M. B. O DISTRITO INDUSTRIAL COMO AGENTE DA INOVAÇÃO NA PERSPECTIVA DA HÉLICE QUÁDRUPLA /The industrial district as agent of innovation from the perspective of the quadruple helix. Informe GEPEC, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 384–400, 2022. DOI: 10.48075/igepec.v26i1.26813. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/26813. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos