CONTRIBUIÇÕES DA COBRANÇA DE RECURSOS HÍDRICOS NO RIO PARANAÍBA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v29i1.34082
Agências de fomento
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior FAPEG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, FAPEG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás

Palavras-chave:

Água, Bacia hidrográfica, Instrumentos, Planejamento, Gerenciamento

Resumo

O crescimento populacional e a demanda por água exigem que os gestores garantam sua disponibilidade e qualidade. Dentre os instrumentos definidos pela lei nº. 9.433/1997, destaca-se a cobrança pela água. Assim, objetivou-se avaliar a evolução das cobranças pelo uso dos recursos hídricos no Brasil, com ênfase na bacia do rio Paranaíba. A metodologia baseou-se em duas fases, uma de revisão de artigos disponíveis em periódicos da Capes e outra de consulta de planilhas da Agência da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari sobre cobrança pelo uso da água sob jurisdição da União na bacia do rio Paranaíba. Os resultados mostraram que a cobrança pelo uso dos recursos hídricos constitui um instrumento relevante para disciplinar e atrair recursos financeiros que permitirão melhorias no planejamento e gestão do uso da água. Vale ressaltar que a irrigação aparece como principal usuária da vazão captada no rio Paranaíba. Contudo, a principal fonte de recursos para arrecadação provém do abastecimento público. Entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal revelou-se o maior contribuinte da bacia do rio Paranaíba.

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Biografia do Autor

Antonio Pasqualetto, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC GoiásInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFG

Engenheiro Agrônomo, Dr. Professor da PUC Goiás e IFG, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial. Experiência na área ambiental.

Karla Maria Silva de Faria, UFG - Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2003), Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2006) e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2011). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geoecologia, Planejamento Ambiental, Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: análise da paisagem, impactos ambientais, uso e ocupação da terra, modelagens geoambientais e análises geoecológicas em bacias hidrográficas e unidades de conservação. Coordena Grupo de Pesquisa Geoecologia das Paisagens do Cerrado. Vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (CIAMB) e ao Programa de Pós Graduação em Geografia (PPGEO), ambos da UFG, como docente do quadro permanente. Representa a UFG em Conselhos Consultivos de Unidades de Conservação no estado de Goiás e no Conselho Gestor do Caminho dos Veadeiros.

Aldo Muro Junior, IFG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Pós-doutorado na Università di Pisa. Doutor em Ciências Ambientais pela Universidade Federal,de Goiás. Possui Graduação em Direito, pela Universidade Federal de Goiás (1998), com especialização em Direito Constitucional, também pela Universidade Federal de Goiás (2000), possui formação multidisciplinar, graduado originariamente em Engenharia Mecânica e com mestrado em Ciência dos Materiais, pelo Instituto Militar de Engenharia - IME. Engenheiro de Segurança no Trabalho. Formado pela Organização Internacional do Trabalho - OIT, em Turim - Itália. Atualmente é professor titular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás - IFG, lotado na Coordenação de Meio Ambiente. Atua na área de Direito Ambiental, Direito Internacional, Direito do Trabalho e Meio Ambiente do Trabalho. Coordena pesquisas na área de Meio Ambiente, com ênfase na área de Política e Legislação Ambiental, Meio Ambiente do Trabalho e Resíduos Sólidos. Visiting Professor na Universidade de Pisa. Membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/GO. Membro da Câmara Temática de Meio Ambiente da ABES Nacional.

Thiago Augusto Mendes, IFG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Pós-Doutor Júnior CNPq em Geotecnia pela UnB (2024) e UFG (2022), Doutor em Geotecnia pela UnB (2019), Mestre em Engenharia do Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela UFG (2008) e Engenheiro Civil pela UFG (2005). Professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e Analista Técnico - Engenheiro Civil do Estado de Goiás (Agência Goiana de Habitação - AGEHAB) desde o ano de 2010. Foi professor na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) entre os anos de 2009 a 2022.Atualmente é professor e orientador do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Gestão e Sustentabilidade (PPGTGS) do IFG. Tem experiência nas áreas de: recursos hídricos, drenagem, saneamento básico e ambiental, meio ambiente, geotecnia e modelagem e análise numérica.Atuou como bolsista pós-doutorado no PD Furnas-Eletrobrás, onde desenvolveu pesquisas relacionadas à modelagem física e numérica de processos hidrológicos e erosivos em bordas de reservatórios, desenvolvimento de equipamentos para simulação de chuva e escoamento superficial, bem como o aporte e transferência de sedimentos em bacias de reservatórios de UHEs (convênio ANEEL - UFG).

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Publicado

20-05-2025

Como Citar

PASQUALETTO, A.; FARIA, K. M. S. de; MURO JUNIOR, A.; MENDES, T. A. CONTRIBUIÇÕES DA COBRANÇA DE RECURSOS HÍDRICOS NO RIO PARANAÍBA. Informe GEPEC, Toledo, v. 29, n. 1, p. 221–243, 2025. DOI: 10.48075/igepec.v29i1.34082. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/34082. Acesso em: 31 maio. 2025.