A matemática aplicada à astronomia para o ensino básico: concepções de discentes e relato de experiência de uma oficina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2021.v.5.n.2.26287
Agências de fomento

Palavras-chave:

Geometria não Euclidiana, Astronomia de Posição, Instrumento Astronômico.

Resumo

Resumo: Neste artigo relatamos uma experiência de realização de uma oficina para um grupo de 30 estudantes do Ensino Fundamental e Médio que participaram de um projeto de extensão da Universidade Estadual de Maringá (Paraná) denominado TIME – Teoria e Investigação em Matemática Elementar. Na oficina relacionamos matemática e astronomia com uma proposta de construção do instrumento Quadrante. Ademais, com a finalidade de entender as concepções dos discentes sobre geometria nãoeuclidiana e conhecimentos sobre astronomia, elaboramos um questionário respondido previamente. A investigação efetuada se baseou nos pressupostos da pesquisa qualitativa do tipo descritiva. As nossas observações mostram que o trabalho com a astronomia possibilitou aos estudantes desenvolverem noções sobre geometria não euclidiana e euclidiana para o entendimento do funcionamento do instrumento. Além disso, testificamos a fragilidade relacionada ao pouco conhecimento dos estudantes da Educação Básica no que diz respeito aos conceitos básicos de Astronomia.

Palavras-chave: Geometria não Euclidiana; Astronomia de Posição; Instrumento Astronômico.

 

Mathematics applied to astronomy in the framework of basic education: conceptions of discents and experience report of a workshop

Abstract: In this article we report an experience of conducting a workshop aimed at a group of 30 elementary and high school students who participated in an extension project at the State University of Maringá (Paraná) called TIME – Teoria e Investigação em Matemática Elementar (Theory and Research in Elementary Mathematics). In the workshop we related mathematics and astronomy to a proposal to build the Quadrant instrument. Furthermore,in order to understand students’ conceptions about non-Euclidean geometry and knowledge about astronomy, we prepared a questionnaire previously answered. The investigation carried out is based on the assumptions of qualitative research of the descriptive type. Our observations show that working with astronomy enabled students to develop notions about non-Euclidean and Euclidean geometry to understand how the instrument works. In addition, we testify the fragility related to the lack of knowledge of Basic Education students regarding the basic concepts of Astronomy.

Keywords: Non-Euclidean Geometry; Positional Astronomy; Astronomical Instrument.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luana Paula Goulart de Menezes, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação e mestrado em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), especialização em Metodologia e Docência do Ensino Superior pelo Instituto Eficaz (2014) e atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciência e a Matemática (PCM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Mariana Moran, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Matemática, Mestrado e Doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente, é Professora Adjunta D da Universidade Estadual de Maringá e compõe o corpo docente do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática - PRPGEM (Mestrado Acadêmico) da Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR. É líder do Grupo de Pesquisa em Ensino de Geometria - GPEG. Membro fundador do GT14 - Didática da Matemática da SBEM; faz parte do Conselho Editorial da Revista Paranaense de Educação Matemática - RPEM (qualis B1); membro da Câmara de Assuntos Acadêmicos do Conselho Universitário - COU, membro da Comissão de Ensino e Extensão do Departamento de Matemática da Universidade Estadual de Maringá e Coordenadora do Estágio Supervisionado da Matemática. Atualmente é Primeira Secretária da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - regional Paraná (SBEM/PR).

Eduardo de Amorim Neves, Universidade Estadual de Maringá

Possui Bacharelado em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2006), Mestrado em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2008) e Doutorado em Matemática pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP (2013). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Matemática da Universidade Estadual de Maringá, trabalhando na área de Geometria Riemanniana e Geometria Estocástica.

Michel Corci Batista, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Maringá (2005) e mestrado em Educação Para a Ciência e o Ensino de Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2009) e doutorado em Educação para a Ciência e Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2016). É professor Adjunto do departamento de Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Campo Mourão e professor permanente do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Física (UTFPR - Campo Mourão), do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza (UTFPR - Londrina) e do programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da Universidade Estadual de Maringá.

Referências

ARANA, J. M. Astronomia de Posição: Notas de Aula. 2000. Disponível em: <http://www2.fct.unesp.br/docentes/carto/arana/Astron.pdf>.Último acesso em: 20 abr. 2017.

BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem téorico-prática. [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018.

COXETER, H. S. M. Non-EuclideanGeometry.5a ed. Toronto: University of Toronto Press, 1968.

BATISTA M. C., FUSINATO P. A., OLIVEIRA A. A. Astronomia nos livros didáticos de ciências do ensino fundamental I, Ensino & Pesquisa: Revista multidisciplinar de licenciatura e formação docente, v.16, n.03, jul/set 2018, p. 46-64.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação É a base. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.

DREYER, J. L. E. Tycho Brahe: A Picture of Scientific Life and Work in the Six teen th Century. [s.l.] A. & C. Black, 1890.

EISON, J. Using Active Learning Instructional Strat egiesto Create Excitementand Enhance Learning. 2010. Disponível em:<https://bit.ly/3i1ttZI^>. Acesso em: 26 jul. 2021.

FROST, S. H. Academic advising for student success: A system of shared responsibility. Washington, D.C: SchoolofEducation, George Washington Univ, 1991.

GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57–63, abr. 1995.

GREENBERG, M. J. Euclidean and Non-Euclidean Geometries: Development and History.3a ed. New York: W. H. Freeman andCompany, 1994.

HEIM, L. Geometria esférica: proposta de atividades em conexão com a geografia. 2013. 65 f. Dissertação (Curso de Mestrado Profissional em Matemática), UFRPE, Recife, 2013. Disponível em: <http://www.dm.ufrpe.br/sites/www.dm.ufrpe.br/files/tcclucianeversaofinal.pdf>. Acesso em: 09 jul. 2017.

LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino de astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos de Ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n. 1: p. 87-111, abr. 2007.

LANGHI, R.; NARDI, R. Educação em Astronomia:Repensando a formação de professores. São Paulo: Escrituras Editora, 2012.

LANGHI, R.; NARDI, R. Justificativas para o ensino de Astronomia:o que dizem os pesquisadores brasileiros? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v.14, n.3, p. 41–59, 2014.

LEITE, C.; HOSOUME, Y. Astronomia nos livros didáticos de Ciências–um panorama atual. In: XVI SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 16, 2005, Rio de Janeiro, atas, Rio de Janeiro, p. 1- 10, 2005. Disponível

em:<https://sec.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/cd/resumos/T0225-1.pdf>.Acesso em: 26 de julho de 2021.

MENEZES, L. P. G. A orientação geográfica e a medição do tempo pela geometria da posição aparente dos astros. 2018. 114 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Maringá, Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional, Maringá, 2018.

MORAIS, C. A. L. A Astronomia no ensino da Matemática: Uma Proposta para o Ensino Secundário. [s.l.] Universidade do Porto. Reitoria, 2003.

PARANÁ. Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações. Curitiba, SEED, 2018. Disponível em:

<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/bncc/2018/referencial_curricular_parana_cee.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2021.

SILVEIRA, F. L. Sobre a forma da Terra. Física na Escola, v. 15, n. 2, p. 4-14, 2017.

University of Nebraska. Coordenadas Horizontais. s/d. Disponível em: < https://nebraska.edu/> Acesso em: 26 jul 2021.

VIEIRA, T.; CONEGLIAN, D.; BATISTA, M. O projeto Astronomy Day in Schools da União Astronômica Internacional: uma possibilidade para o ensino e divulgação da Astronomia. Revista Pontes. v. 8, p. 143–164, set. 2020.

Downloads

Publicado

31-08-2021

Como Citar

MENEZES, L. P. G. de; MORAN, M.; NEVES, E. de A.; BATISTA, M. C. A matemática aplicada à astronomia para o ensino básico: concepções de discentes e relato de experiência de uma oficina. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 423–444, 2021. DOI: 10.33238/ReBECEM.2021.v.5.n.2.26287. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rebecem/article/view/26287. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Relato de Experiência