EXPLORANDO A ELETROQUÍMICA POR MEIO DO ENFOQUE CTSA: UMA EXPERIÊNCIA NO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DA LICENCIATURA EM QUÍMICA
DOI:
https://doi.org/10.48075/ReBECEM.2025.v.9.n.1.33758Resumo
O ensino de eletroquímica apresenta desafios tanto para estudantes quanto para professores. Diante disso, sua abordagem sob a perspectiva do movimento Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) contribui na contextualização e aprendizagem dos conceitos envolvidos. Neste artigo relatamos a experiência de elaboração e implementação de atividades com enfoque CTSA, propostas no contexto do Estágio Curricular Supervisionado de regência na Licenciatura em Química. O material didático compreendeu recursos e estratégias de ensino estruturados segundo a metodologia dos Três Momentos Pedagógicos (3MP). Como resultados, produzimos o relato descritivo-analítico da implementação do material proposto e da intervenção pedagógica junto a um grupo de quatorze estudantes do Ensino Médio na escola-campo. Concluímos que a perspectiva CTSA contribuiu para a abordagem menos tradicional do tema eletroquímica e possibilitou o envolvimento dos estudantes. Além disso, a experiência foi enriquecedora e formativa quanto a proposição das atividades e a condução do trabalho pedagógico em sala de aula.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, K. B; SANTOS, P. J. S; FERREIRA, G. K. Os Três Momentos Pedagógicos como metodologia para o ensino de Óptica no Ensino Médio: o que é necessário para enxergarmos? Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 32, n. 2, p. 461-482, 2015.
ARROIO, A.; GIORDAN, M. O vídeo educativo: aspectos da organização de ensino. Química Nova na Escola, n. 24, p. 8 11, 2006.
BARRETO, B. S. J; BATISTA, C. H; CRUZ, M. C. P. Células eletroquímicas - cotidiano e concepções dos educandos. Química Nova na Escola, v. 39, n. 1. p. 52-58, 2017.
BEGO, A. M.; ALVES, M.; GIORDAN, M. O planejamento de sequências didáticas de química fundamentadas no Modelo Topológico de Ensino: potencialidades do Processo EAR (Elaboração, Aplicação e Reelaboração) para a formação inicial de professores. Ciência & Educação (Bauru), v. 25, n. 3, p. 625–645, 2019.
BOCCHI, N.; FERRACIN, L. C.; BIAGGIO, S. R. Pilhas e baterias: funcionamento e impacto ambiental. Química Nova na Escola, n. 11, p. 3-9, 2000.
BONFIM, D. D. S.; COSTA, P. C. F.; NASCIMENTO, W. J. A abordagem dos Três Momentos Pedagógicos no estudo de Velocidade Escalar Média. Experiências em Ensino de Ciências, v. 13, n.1, p. 187-197, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular ensino fundamental, Brasília: Secretaria de Educação Básica. 2018. Disponível em: http://mec.gov.br/download-da-bncc. Acesso em: 17 jan. 2024.
CARVALHO, A. M. P. Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
CARVALHO, A. M. P.; AZEVEDO, M. C. P. S.; NASCIMENTO, V. B. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
CHANG, R.; GOLDSBY, K. A. Química. 11ª. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. C. A. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.
DEUS, A. F. E. de; SUTIL, N. Formação de professores de Química: concepções de racionalidade em estágio curricular supervisionado. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, v. 2, n. 3, p. 432–444, 2018.
LEITE, L. R.; LIMA, J. O. G. de. O aprendizado da Química na concepção de professores e alunos do ensino médio: um estudo de caso. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 96, n. 243, p. 380–398, mai. 2015.
MORTIMER, E. F. Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências, v.1, n.1, p. 20-39, 1996.
NICOLA, J. A; PANIZ, C. M. A importância da utilização de diferentes recursos didáticos no Ensino de Ciências e Biologia. Inovação e Formação, v. 2, n. 1, p. 355-381, 2017.
NINA, M. M.; SANTOS, C. P. dos; ROCHA, S. F.; COELHO, E. G. Contribuições do estágio supervisionado de química para a Formação do profissional docente no Sul do Amazonas: relato de experiências. Scientia Naturalis, v. 5, n. 2, p. 811-825, 2023.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação e do Esporte. Referencial curricular para o ensino médio do Paraná. v. 2. Curitiba: SEED/PR, 2021.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
PIRES, R. O.; ABREU, T.C.; MESSEDER, J. C. Proposta de ensino de química com uma abordagem contextualizada através da história da ciência. Ciência em Tela, v. 3, n. 1, p. 1-10, 2010.
RAMOS, P. A leitura dos quadrinhos. 2. Ed. São Paulo: Contexto, 2016.
ROCHA, J. S.; VASCONCELOS, T. C. Dificuldades de aprendizagem no ensino de química: algumas reflexões. In. XVIII Encontro Nacional de Ensino de Química (XVIII ENEQ). Anais..., Florianópolis, SC, 2016.
SANTOS, W. L. P.; MORTIMER, E. F. Tomada de decisão para ação social responsável no ensino de ciências. Ciência & Educação, Bauru, v. 1, n. 7, p.95- 111, 2001.
SANTOS, A. O.; SILVA, R. P.; ANDRADE, D.; LIMA, J. P. M. Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médio investigadas em ações do (PIBID/UFS/Química). Scientia Plena, v. 9, n. 7, p. 077204, 2013.
SANTOS, W. L. P.; SCHNETZLER, R.P. Educação química: compromisso com a cidadania. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1997.
SILVA, D. C.; LACERDA, N. O. S. Educação CTSA e os combustíveis: um estudo sobre o etanol com os estudantes da Educação Básica. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, v. 7, n. 2, p. 134–157, 2023.
SILVA, R. L. D.; SOUZA, G. D. S. M.; SANTOS, B. F. Questionamentos em Aulas de Química: Um Estudo Comparativo da Prática Pedagógica em Diferentes Contextos Sociais. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências. v. 1, n. 2, p. 69–96, 2018.
SILVA, V. A.; SOARES, M. H. F. B. Conhecimento prévio, caráter histórico e conceitos científicos: o ensino de química a partir de uma abordagem colaborativa da aprendizagem. Química Nova na Escola, v. 35, n. 3, p. 209- 219, 2013.
SIQUEIRA, G. C. de; RIBEIRO, S. A. F.; FREITAS, C. C. G.; SOVIERZOSKI, H. H.; LUCAS, L. B. CTS e CTSA: em busca de uma diferenciação. Revista Tecnologia e Sociedade. v. 17, n. 48, p. 16-34, 2021.
SOUZA, F. L.; AKAHOSHI, L. H.; MARCONDES, M. E. R.; CARMO, M. P. Atividades experimentais investigativas no ensino de química. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2013.
SOUZA, S. C.; DOURADO, L. Aprendizagem baseada em problemas (ABP): um método de aprendizagem inovador para o ensino educativo. Holos, v. 5, p.182-200, 2015.
SUART, R. D. C.; MARCONDES, M. E.R. A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências & Cognição, v.14, n. 1, p. 50-74, 2009.
TAVARES, R. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição. v. 12, p.72-85, 2007.
VASCONCELOS, F. C. G. C.; LEÃO, M. B. C. A utilização de programas televisão como recurso didático em aulas de química. In: Encontro Nacional De Ensino De Química, 15, 21 a 24 de julho de 2010. Caderno de resumos. Brasília, 2010.
WHARTA, E. J.; SILVA, E. L.; BERJANO, N. R. R. Cotidiano e Contextualização no Ensino de Química. Química Nova na Escola. v. 35, n. 2, p. 84-9, 2013.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre, Penso Editora, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fernanda Gomes Figueiredo de Lima, Juliane Maria Bergamin Bocardi, Ismael Laurindo Costa Junior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.