REPRESENTAÇÕES DRAMATÚRGICAS DA FUNÇÃO DA ARTE EM A MEMORY OF TWO MONDAYS, DE ARTHUR MILLER

Autores

  • Éwerton Silva de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v10i16.10356

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a peça A Memory of Two Mondays [Uma
Memória de Duas Segundas-Feiras] (1955), do dramaturgo norte-americano Arthur Miller (1915-
2005). O enfoque do estudo está na concepção de arte valorizada por artistas românticos do
século XIX – dentre eles, poetas ingleses como S. T. Coleridge, W. Wordsworth e P.B. Shelley. A
noção do artista como alguém diferenciado, com uma função socialmente essencial (um guardião
e anunciador dos valores de uma determinada sociedade), que tem interferência direta nas
questões comunitárias, liberdade para criar, e um poder de levar as pessoas a um estado espiritual
transcendente, longe da rotina mecanizada da vida, se choca com o utilitarismo burguês, que não
vê o processo artístico como tão importante assim. O estudo chega à conclusão de que estas
concepções da arte romântica, que estão sobremaneira presentes nas manifestações artísticas
contemporâneas (sendo criticadas ou assimiladas), aparecem representadas em A Memory of
Two Mondays – em especial, em alguns de seus personagens. A peça, que discute, dentre outras
coisas, o valor e a função da arte numa estrutura social de produção e lucro, apresenta também a
intersecção constante entre a poesia e o teatro, e isto é algo que auxilia nesta representação
teatral da busca de valores artísticos numa sociedade que se baseia no que é lucrativo.

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Publicado

12-02-2015

Como Citar

OLIVEIRA, Éwerton S. de. REPRESENTAÇÕES DRAMATÚRGICAS DA FUNÇÃO DA ARTE EM A MEMORY OF TWO MONDAYS, DE ARTHUR MILLER. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 10, n. 16, 2015. DOI: 10.48075/rlhm.v10i16.10356. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/10356. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ LITERATURA E ARTES EM CONTATO