O jeito “romance” de fazer história

Autores

  • Sonia Inez Fernandez

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v4i4.1206

Resumo

Este texto se propõe a analisar e comparar produções literárias que se caracterizam pelo modo “romance” de contar a história singular de um personagem real ou ficcional, cujas façanhas estão mais para desastres ou são contraproducentes em relação aos caprichos que as identificam. Partimos de um romance carolíngio, gestado durante a Idade Média e que poderia ser um dos motivos da “Moda da cadeia de Porto Alegre”, poema do livro Clã do Jabuti, de Mário de Andrade, para chegar à comparação com o romance popular “Juliana”, recolhido no começo de século XX, em Pernambuco, por Magalhães e, finalmente, com um romance, chamado “Santa Marta”, cantado por um cantador uruguaio de nome Mario Carrero. O que buscamos demonstrar é que não há limites de espaço e de tempo para certas produções que são modos identitários de fazer história. A presença desse gênero “romance” nas duas Américas, a portuguesa e a espanhola, é um marco da vigência da cultura ibérica. Pode-se dizer que há uma mesma cultura que sobrevive em naturezas diversas. A característica principal dessa criação literária, certamente de origem oral e, conseqüentemente, oralizante é a capacidade de comunicação e o conteúdo ético que marcam o poema “A moda da cadeia de Porto Alegre” e outros poemas do Clã do Jabuti, de Mário de Andrade, bem como os outros romances populares de que vamos tratar.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

FERNANDEZ, S. I. O jeito “romance” de fazer história. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 4, n. 4, p. p. 103–116, 2000. DOI: 10.48075/rlhm.v4i4.1206. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/1206. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos