Memória e identidade brasileira em Baú de Ossos
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v13i21.16739Palavras-chave:
Literatura nacional. Memória. Identidade. Autobiografia.Resumo
Através deste artigo pretendemos realizar uma breve análise do romance Baú de Ossos, de Pedro Nava (1974), levando em consideração os conceitos de memória e identidade, conforme Artières (1998) e Candau (2010); além das noções de autobiografia e identidade nacional, segundo Cândido (2006; 1989) e Leujene (2008), Pollak (1992) e Hall (2005). Nessa perspectiva, a obra se projeta para a pós-modernidade, no sentido de fazer emergir contextos de fluidez e de mobilidade, a perda, a melancolia, a insegurança e a ausência. Em uma jornada catártica através do continuum espaço-tempo, Nava parece amenizar a incompletude e a falta, a pobreza de um homem que pensa trilhar um caminho novo. Enquanto explora o passado, ele vai exercitando a representação da identidade brasileira, isto é, a capacidade de manter a nação e seus cidadãos (membros de uma comunidade imaginada) reconhecíveis à medida que o tempo e os eventos se esvaem. Por um lado, sua escrita, nos moldes de um pacto autobiográfico, fá-lo protagonista de sua própria história, e promove nele uma aguda consciência de si mesmo, seu ser cindido e responsabilizado. Por outro lado, seu ofício de anatomista fá-lo enxergar-se como fruto de uma coletividade muito maior, e que, de certo modo, explica-o, compreende-o, fornece-lhe razões de ser e existir.
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