Da história-problema à narrativa micro-histórica
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v13i21.16831Palavras-chave:
Micro-história, Narrativa, Possibilidade, Significado, Carlo GinzburgResumo
O surgimento da micro-história é geralmente associado à reação a um certo estilo de história social que seguia desde meados do século XX sob os auspícios do modelo da história econômica, empregando métodos quantitativos e descrevendo tendências gerais, sem atribuir muita importância à variedade ou à especificidade de culturas locais. No entanto, neste artigo, veremos que, depois desse desgastado embate, a micro-história parece ter ganhado muita importância num outro embate: ela parece ser uma estratégia historiográfica adequada para ultrapassar o desafio cético que recentemente subjugara a história ao nominalismo, como de fato ocorre nos estudos de Fraçois Furet, Paul Veyne e Hayden White. Essa história nominalista, ou história conceitual, ignora motivos, intenções, sujeitos e procura causas não intencionais, afastando a história de uma relação mais estreita com o vivido e com o tempo. Diante disso, concluímos que assim como os narrativistas tradicionais eram ingênuos quanto à confiança na capacidade do historiador de reconstituir o real enquanto tal, os conceitualistas eram confiantes demais na capacidade explicativa dos seus conceitos artificiais e abstratos. Por fim, ressaltaremos a micro-história como uma historiografia alternativa para explorar o passado vivido juntamente à polissemia de sua representação narrativa.
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