UMA CONFIGURAÇÃO TRÁGICA E DUPLA NA OBRA ESCRITA E PICTÓRICA DE FRIDA KAHLO

Resumo

Este trabalho procura fazer uma reflexão sobre parte da produção escrita e pictórica deixada pela artista mexicana Frida Kahlo. Aos 18 anos, a pintora sofre um acidente que marca o restante de sua vida, o convívio com a dor física e muitas cirurgias. Frida Kahlo constrói seu diário por meio de imagens e palavras, trazendo em toda a obra traços que divulgam seus amores, dor, intimidade e aspectos da cultura mexicana e indígena. O diário é um documento que corresponde aos últimos dez anos de uma vida agitada por amores e dores afetivas e físicas, pois, por meio dele e da obra pictórica, é possível perceber que Frida pintava o que ela vivia, pintava a própria realidade. Considerando-se a extensão da obra da autora mexicana, propõe-se um recorte de textos da biografia, da correspondência, do diário e das pinturas que estabelecem relação com dados autobiográficos, com o duplo e propiciam estudos de gênero no contexto latino-americano, atestando sua filiação às civilizações indígenas.