A boca é um verbo: aforismos e sensibilidade trágica nas crônicas de Machado de Assis

Autores

  • Claércio Ivan Schneider

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v5i5.2121

Palavras-chave:

Machado de Assis, Crônica, Aforismo, Tragédia

Resumo

Busca-se analisar a sensibilidade trágica como um dos componentes principais na “escrita do eu” promovida pelo cronista Machado de Assis. O ceticismo, o niilismo, a descrença,
o desencanto, o pessimismo, apenas para citar alguns dos componentes do olhar trágico do autor, possibilitam investigá-lo a partir do diálogo entre a literatura e a história da sensibilidade. A confecção de máximas ou de aforismos na escrita da crônica pressupõe não apenas uma postura cética para com a realidade que o escritor assistia e registrava, mas revela a suspeita de todos os dogmas – patrióticos, ideológicos, religiosos, científicos ou filosóficos – que fez deste cronista um crítico feroz de seu tempo, absorvendo ceticismos modernos e contemporâneos, mostrando uma desconfiança aguda na ciência e no homem do Brasil do final do séc. XIX.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

SCHNEIDER, C. I. A boca é um verbo: aforismos e sensibilidade trágica nas crônicas de Machado de Assis. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 5, n. 5, p. p. 329–339, 2000. DOI: 10.48075/rlhm.v5i5.2121. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/2121. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos