Vozes femininas nas crônicas de Clarice Lispector: diálogo com as diferenças

Autores

  • Alessandra Dalva de Souza Pajolla

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v5i5.2124

Palavras-chave:

Clarice Lispector, crônicas, autoria feminina, diferenças, crítica feminista

Resumo

A voz contundente de Simone de Beauvoir a nos dizer que as mulheres burguesas só são solidárias entre si, ainda hoje pode soar como um alerta à crítica feminista sobre o risco de problematizar as questões referentes ao gênero, a partir de uma visão essencialista da mulher. A chamada Terceira Onda Feminista não quer por em relevo apenas a opressão às quais as mulheres brancas e de classe média são submetidas; as negras, as migrantes, as pobres entram na agenda do feminismo contemporâneo. Busca-se ouvir outras vozes, aceitando as diferenças e as contradições como fundamentais no processo de desconstrução do discurso patriarcal. Em se tratando de autoria feminina no Brasil, esta concepção já aparecia na obra de Clarice Lispector, o que é incontestável em A hora da estrela. Mas, o presente trabalho tem como objetivo analisar outro legado deixado pela autora: as crônicas escritas para o Jornal do Brasil entre 1967 e 1973. Nota-se uma ponte erguida entre a escritora e suas leitoras, cujas vozes aparecem em muitos textos. A intenção é destacar o olhar de Clarice Lispector sobre as mulheres a sua volta, fazendo um recorte nas crônicas em que as personagens são empregadas domésticas, representando as mulheres duplamente oprimidas.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

PAJOLLA, A. D. de S. Vozes femininas nas crônicas de Clarice Lispector: diálogo com as diferenças. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 5, n. 5, p. p. 369–379, 2000. DOI: 10.48075/rlhm.v5i5.2124. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/2124. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos