A REPRESENTAÇÃO DOCENTE EM DIÁRIO DE BITITA, DE CAROLINA MARIA DE JESUS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i28.24772
Agências de fomento

Palavras-chave:

autobiografia, representação, professor, resistência, Carolina Maria de Jesus.

Resumo

Este artigo propõe-se a analisar a representação literária da professora em Diário de Bitita (1982), da escritora mineira Carolina Maria de Jesus. Buscaremos mostrar que a forma como a educadora é representada relaciona-se com o momento histórico em que estava inserida, a Primeira República Brasileira. Do mesmo modo, analisaremos os meandros de resistência simbolizados pela imagem da docente: a possibilidade, ainda que reduzida, de acesso ao mundo dos letrados para quem formava parte do universo da classe negra e pobre e a apropriação do letramento, enquanto forma de ascensão e como divisor social em uma sociedade que tinha uma grande parcela da população analfabeta. Partiremos, inicialmente, da problematização da escrita autobiográfica como viabilidade de representar a profissão de docente e seu contexto sócio-histórico. Por fim, mostraremos que o professor está representado tradicionalmente a partir de práticas pedagógicas conservadoras e autoritárias, que mesmo que limitadoras permitem a aquisição do letramento como forma de resistência ao universo opressor da raça branca.

Biografia do Autor

Lorena Ribeiro Melo, Universidade de Brasília

ursa Doutorado em Literatura na Universidade de Brasília (UnB). É Mestra em Letras e Linguística - Área de Concentração em Estudos Literários, pela Faculdade de Letras - Universidade Federal de Goiás (UFG). Possui graduação em Letras - Português/Espanhol pela UFG (2005). Atualmente é professora titular de Língua Portuguesa e Espanhola no Ensino Médio Integrado a Cursos Técnicos e Literatura Portuguesa I no Curso de Licenciatura em Letras, no câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás.

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Publicado

22-12-2020

Como Citar

MELO, L. R. A REPRESENTAÇÃO DOCENTE EM DIÁRIO DE BITITA, DE CAROLINA MARIA DE JESUS. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 16, n. 28, p. 138–153, 2020. DOI: 10.48075/rlhm.v16i28.24772. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/24772. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ LITERATURA E INTERARTES, DESDOBRAMENTOS ESTÉTICOS E CULTURAIS