Alegorias do absurdo
reflexões sobre o grotesco nos constos "Copacabana" e "Anos de chumbo", de Chico Buarque
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v20i36.33543Resumo
O presente trabalho versa sobre os contos “Copacabana” e “Anos de chumbo”, de Chico Buarque, ambos publicados no livro Anos de chumbo (2021). O objetivo é demonstrar como os dois textos podem ser lidos como alegorias do absurdo no que se refere ao Brasil durante o período da ditadura civil-militar. A abordagem foca na figuração literária, embora, em alguns momentos, seja necessário expor aspectos políticos e históricos relevantes para a análise. O estudo está organizado em quatro partes: Introdução, Relação entre ficção e história, Considerações sobre o absurdo e o grotesco e Considerações finais. A metodologia de pesquisa adotada consiste em revisão bibliográfica e documental. A base teórico-crítica está centrada em autores como Célia Fernández Prieto, Mikhail Bakhtin, Wolfgang Kayser e Albert Camus. A investigação aponta para a incorporação de conceitos estéticos, como o grotesco, e filosóficos, como o absurdismo, pela ficção, bem como a intertextualidade com elementos históricos. Observa-se que, a partir do onirismo e da narrativa memorialística, Chico Buarque cria estratégias de deslocamento em relação à realidade. Com isso, projeta para o ambiente doméstico o dilema nacional. Esses elementos deslocados são recompostos em um quebra-cabeça para produzir a alegoria. Nesse sentido, pode-se afirmar que tanto no conto “Copacabana” quanto em “Anos de chumbo” se acumulam elementos absurdos.
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