A historicização da ficção em A brasileira de Prazins
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v20i36.33752Resumo
Ao abordar acontecimentos assumidos como históricos ou ficcionais em um romance, o narrador faz escolhas acerca dessas denominações, considerando que a confusão entre esses dois termos acompanha os leitores até hoje. O romance A brasileira de Prazins, de Camilo Castelo Branco e publicado em 1882, aborda a representação de episódios históricos da região do Minho, enquanto se apresentam elementos paratextuais que têm como objetivo configurar fontes que justifiquem uma possível historicização da ficção. O narrador camiliano, como de costume, apresenta seus pensamentos acerca desses processos, que atribui trazerem veracidade ao que conta, e da própria reação da comunidade ao episódio do suposto reaparecimento de D. Miguel, ao mesmo tempo em que aborda uma revolução e o enredo sobre a vida de uma personagem que é afetada por tais acontecimentos. Diante disso, compreender as caracterizações e problematizações acerca do conceito de história no enredo, permite que se aprofunde no entendimento das propostas literárias e possibilidades de interpretação do texto, o que levam, por meio das aproximações com teóricos acerca da obra de Camilo Castelo Branco e da história na literatura, à demonstração da capacidade desse narrador em diferenciar perante os leitores a história “do coração” e aquilo que “a história quiser contar”.
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