Memória individual e coletiva
Melhor não contar de Tatiana Salem Levy
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v20i36.33870Resumo
Este trabalho buscou analisar os recursos utilizados por Tatiana Salem Levy em sua mais recente obra, Melhor não contar (2024), para entrelaçar a memória individual e a memória coletiva. A autora enfatiza o uso do diário como ferramenta para a continuidade do silenciamento das mulheres, ao mesmo tempo em que revela os assédios sexuais que sofreu durante a infância e adolescência por parte do padrasto. Aconselhada a manter silêncio sobre o caso, mais de vinte anos após a morte de sua mãe, Tatiana exterioriza sua experiência singular e, paralelamente, verbaliza questões que perpassam a experiência das mulheres nas sociedades patriarcais. Trata-se de uma obra que rompe o silenciamento imposto e coloca em pauta temáticas indispensáveis para a reafirmação das mulheres enquanto sujeitos políticos e históricos. Para a investigação, a perspectiva histórica de Michelle Perrot (2007) e o pensamento de Jacques Rancière (2023) foram imprescindíveis. O trabalho de Joel Candau (2018) foi basilar no que concerne a ótica de memória aqui adotada, enquanto que as pesquisas de Florencia Garramuño (2014) foram fundamentais quanto aos recursos utilizados para compor narrativas contemporâneas, tais como a desestruturação de gêneros literários, a fragmentação da narrativa, a exposição da intimidade, o uso de outros recursos como a fotografia e o arquivo.
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