Escritura, errancia y afectos
un mapa en los deseos oscuros y los otros. Cuadernos de new york de Luisa Valenzuela
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i37.35376Resumo
Los deseos oscuros y los otros. Cuadernos de New York (2002) reúne una serie de diarios de la escritora Luisa Valenzuela, que ella misma definió como “simples movimientos del cuore y del cuerpo” (2002, p. 10). Allí la autora va trazando un cruce entre sus experiencias afectivas, íntimas y amorosas con sus actividades académicas y político-humanitarias tras su llegada a Nueva York. El objetivo de este trabajo es indagar los alcances del motivo del viaje, entendido como un lugar de enunciación temática y simbólica recurrente en la obra general de Valenzuela, situando Los deseos oscuros y los otros en ese espacio de tránsito contante. El análisis articula las nociones de subjetividad nómade (Braidotti, 2000) y de giro afectivo (Ahmed, 2019), considerando el texto como un artefacto afectivo y errante, donde el yo se rehace a partir de las intensidades del deseo y el goce. El cuerpo que viaja y escribe está impulsado por afectividades que se desvían de lo esperable y encuentra sentido en el tránsito, el riesgo y lo marginal: encuentros fugaces, pasiones y frustraciones conforman una cartografía emocional. El viaje, en tanto desplazamiento, opera como vehículo para una subjetividad en incesante movimiento; constituye una expresión nómade que permite interpretar el eje sobre el que se asienta la poética de Valenzuela: la búsqueda como exploración existencial y textual.
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