Uma leitura dos afetos em Uno (1961), de Elvira Orphée

Autores

  • Guadalupe Valdez Fenik

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v21i37.35450

Resumo

Este trabalho tem como objetivo propor uma leitura do romance Uno (1961), da escritora tucumana Elvira Orphée (1922–2018), em relação com seu contexto histórico, oferecendo uma caracterização da década de 1950 e das transformações ocorridas em torno do gênero, da família e
da violência política do período. O corpus proposto inclui Eva Perón, de Libertad Demitrópulos, por serem ambas mulheres provenientes do interior que, radicadas em Buenos Aires, produzem a partir dali suas figurações sobre a cidade; e o conto “La Fiesta ajena” (1991), de Liliana Heker, por sua tematização do conflito de classes, entendido como um eco, na literatura argentina contemporânea, do romance de Orphée. Propõe-se uma análise da trama afetiva do romance. Ou seja, a partir da
perspectiva teórica da virada afetiva, examinam-se as figurações do peronismo, dos setores populares e das classes dominantes, com ênfase na forma como circulam os discursos de ódio. O trabalho também se concentra na construção de sujeitos feminizados por meio da análise das
personagens Margarita Cámpores, Selva Flores e Justa, em relação à maneira como a felicidade é figurada nelas, bem como à crítica da feminilidade tradicional e do amor romântico que o romance desenvolve

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Publicado

02-09-2025

Como Citar

VALDEZ FENIK, G. Uma leitura dos afetos em Uno (1961), de Elvira Orphée. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 21, n. 37, 2025. DOI: 10.48075/rlhm.v21i37.35450. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/35450. Acesso em: 24 set. 2025.

Edição

Seção

Dossiê: A ALEGRIA E OUTROS AFETOS NA LITERATURA