Da literatura ao cinema: O veneno da madrugada
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v6i7.4426Palavras-chave:
adaptação fílmica, intermidialidade, hipertexto.Resumo
O artigo propõe analisar a adaptação fílmica de Ruy Guerra do romance O veneno da madrugada (La mala hora), do colombiano Gabriel García Márquez. Busca-se refletir teoricamente sobre a adaptação de obras literárias para o cinema, considerando-se o processo de adaptação como fruto da interpretação do adaptador, o qual precisa fazer escolhas, que ora aproximam, ora distanciam o texto-alvo do texto-fonte. Para isso, são utilizados os conceitos de intermidialidade, na concepção de Claus Clüver, e hipertexto de Genette. Assim, partindo do conceito de intermidialidade, considera-se a adaptação como uma forma de relação intermidiática, a qual envolve a transposição de uma mídia para outra. Já o conceito de hipertexto de Genette envolve a noção de que a adaptação seria um hipertexto originário de um hipotexto pré-existente, o qual sofreu modificações, deslocamentos e seleções. É nesse processo de adaptação que o texto de García Márquez é recriado por Ruy Guerra, que através de escolhas e recortes do texto-fonte, produz um texto novo, o qual apresentará lacunas, devido mesmo ao processo de transposição para uma mídia diversa como o cinema, sendo essas preenchidas pelo cineasta a partir da criação de situações inexistentes na obra literária. Nesse sentido, pode-se dizer, de uma forma geral, que quando um texto é transposto para outra mídia, a fidelidade em relação ao original é quase impossível.
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